segunda-feira, fevereiro 20, 2023

Demência semântica

A demência semântica é uma forma de demência que afeta a compreensão e o uso da linguagem, em especial o significado das palavras. É uma condição rara, que geralmente se manifesta em pessoas com mais de 65 anos de idade, mas também pode ocorrer em pessoas mais jovens.

Os primeiros sintomas da demência semântica podem incluir dificuldades para lembrar o significado de palavras, nomes de objetos ou pessoas e lugares familiares. A pessoa pode ter dificuldades para seguir conversas e entender o significado das frases, o que pode levar a comportamentos sociais inadequados e isolamento. Com o tempo, a capacidade da pessoa para se comunicar pode ser seriamente comprometida.

A demência semântica é causada por danos aos lobos temporais, que são a parte do cérebro responsável pelo processamento da linguagem e da memória. A condição pode ser diagnosticada através de testes neuropsicológicos e de imagem cerebral.

Infelizmente, não há cura para a demência semântica, mas os sintomas podem ser gerenciados com terapias de fala e linguagem, bem como com medicamentos para ajudar a controlar a ansiedade e a depressão. É importante que os cuidadores e familiares ofereçam apoio emocional e assistência prática para ajudar a pessoa com demência semântica a manter a qualidade de vida e a se comunicar da melhor forma possível.

Afasia na demência frontotemporal

A demência frontotemporal (DFT) é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente as regiões frontais e temporais do cérebro. A afasia é um dos sintomas comuns da DFT, que pode afetar a capacidade de uma pessoa de entender e usar a linguagem.

A afasia na DFT pode ser de vários tipos, incluindo afasia de expressão, afasia de compreensão, afasia mista ou anomia. Na afasia de expressão, a pessoa pode ter dificuldade em produzir palavras e frases, enquanto na afasia de compreensão, pode haver dificuldade em entender a linguagem falada ou escrita.

A afasia mista envolve sintomas de ambas as afasias de expressão e compreensão. Já a anomia é a dificuldade em encontrar as palavras corretas para expressar o que se quer dizer, mesmo quando se sabe o que se quer dizer.

Além da afasia, a DFT também pode afetar outras habilidades cognitivas, como a memória, a tomada de decisões, o julgamento e a capacidade de planejamento.

O tratamento da afasia na DFT é complexo e depende da gravidade dos sintomas e do estágio da doença. A terapia da fala pode ajudar a melhorar a comunicação e o uso da linguagem. Além disso, os cuidadores e familiares podem ajudar a pessoa com DFT a se comunicar de forma mais eficaz, adaptando sua comunicação às necessidades e capacidades da pessoa.

Em resumo, a afasia causada por demência frontotemporal é um sintoma comum e debilitante da doença, que afeta a capacidade de uma pessoa de entender e usar a linguagem. O tratamento deve ser individualizado e adaptado às necessidades e capacidades da pessoa.

Uma breve anotação sobre hemianopsia homônima

A hemianopsia homônima é um distúrbio neurológico que afeta a visão de uma metade do campo visual de ambos os olhos. O termo homônimo refere-se ao fato de que a perda de visão ocorre em ambos os olhos e é do mesmo lado. É causada por uma lesão no cérebro que afeta o córtex visual primário, que é responsável por receber informações visuais dos olhos.

A hemianopsia homônima pode ser causada por uma série de condições, incluindo lesão cerebral traumática, acidente vascular cerebral, tumor cerebral, infecção cerebral, encefalite e outras doenças neurológicas. A gravidade da perda de visão pode variar de leve a grave, dependendo da extensão da lesão cerebral.

A pessoa com hemianopsia homônima pode ter dificuldade em realizar atividades cotidianas, como caminhar, dirigir, ler e reconhecer rostos. A visão periférica é normal, mas a perda da metade do campo visual pode ser perigosa, especialmente quando se trata de dirigir. Por essa razão, a pessoa afetada precisa tomar precauções extras, como virar a cabeça para o lado afetado, para ampliar o campo de visão.

O diagnóstico de hemianopsia homônima é feito por meio de testes de campo visual e exames neurológicos. O tratamento depende da causa subjacente da lesão cerebral e pode incluir cirurgia, medicação e terapia visual.

Em resumo, a hemianopsia homônima é uma condição neurológica que afeta a visão de uma metade do campo visual de ambos os olhos. É causada por uma lesão no córtex visual primário do cérebro e pode ser causada por uma série de condições. A gravidade da perda de visão varia e o tratamento depende da causa subjacente da lesão cerebral.

O que é a ressonância magnética

A ressonância magnética (RM) é uma técnica de diagnóstico médico que utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para produzir imagens detalhadas do interior do corpo humano. A seguir, são descritos os princípios técnicos que permitem a realização da ressonância magnética:

  1. Campo magnético forte: A RM utiliza um campo magnético forte, geralmente de 1,5 a 3 Tesla, para alinhar os átomos de hidrogênio (protons) presentes no corpo humano. Esse campo magnético é gerado por um ímã supercondutor que envolve o paciente.

  2. Radiofrequência: O segundo princípio da RM é a utilização de ondas de rádio para excitar os átomos de hidrogênio que foram alinhados pelo campo magnético. Essas ondas de rádio são geradas por uma antena de radiofrequência que é colocada próxima à região do corpo a ser examinada.

  3. Deteção do sinal: Após a excitação dos átomos de hidrogênio, eles retornam ao seu estado de repouso, emitindo um sinal que pode ser detectado pela antena de radiofrequência. A intensidade e a frequência desse sinal são usadas para gerar as imagens de RM.

  4. Gradientes de campo magnético: Para produzir imagens de alta resolução, a RM utiliza gradientes de campo magnético que variam o campo magnético em diferentes regiões do corpo. Isso permite que as imagens sejam obtidas em fatias finas, proporcionando maior detalhamento anatômico.

  5. Computação: Por fim, as informações obtidas pelo sinal de RM são processadas por um computador que gera as imagens finais. A computação permite a manipulação das imagens em diferentes planos e a aplicação de técnicas avançadas de processamento de imagem, como a supressão de artefatos e a reconstrução em 3D.

Em resumo, a ressonância magnética é baseada em um conjunto de princípios físicos que permitem a obtenção de imagens detalhadas do corpo humano. Esses princípios incluem o uso de campos magnéticos fortes, ondas de rádio, gradientes de campo magnético e computação. A RM é uma técnica segura e não invasiva que tem um papel fundamental no diagnóstico e acompanhamento de diversas condições médicas.

Qual a diferença entre a tomografia e a ressonância?

A tomografia e a ressonância magnética são exames de imagem que ajudam a visualizar o interior do corpo humano. No entanto, elas funcionam de maneira diferente:

  • Tomografia computadorizada: é um exame que utiliza raios-X para criar imagens do corpo em cortes transversais. O aparelho de tomografia é uma espécie de "túnel" que emite raios-X em diferentes direções e recebe as informações de volta, formando uma imagem tridimensional. A tomografia é útil para visualizar ossos, tecidos densos e tumores.


  • Ressonância magnética: é um exame que utiliza um campo magnético e ondas de rádio para criar imagens do corpo em diferentes planos. Durante o exame, o paciente fica deitado em um aparelho de ressonância magnética, que emite ondas eletromagnéticas para "excitar" os átomos do corpo. Quando os átomos voltam ao estado normal, eles emitem sinais que são captados pelo aparelho e transformados em imagens. A ressonância é útil para visualizar tecidos moles, órgãos internos e o cérebro.

Em resumo, enquanto a tomografia utiliza raios-X para criar imagens tridimensionais, a ressonância magnética utiliza um campo magnético e ondas de rádio para criar imagens em diferentes planos. Cada exame tem suas vantagens e indicações específicas, e o médico pode recomendar o mais adequado para cada caso.

Quando deve-se solicitar uma tomografia de crânio no pronto-socorro

A solicitação de uma tomografia de crânio no pronto socorro deve ser feita pelo médico responsável pelo atendimento do paciente. Alguns dos sinais e sintomas que podem indicar a necessidade de realizar uma tomografia de crânio incluem:

  • Dor de cabeça intensa e súbita
  • Perda de consciência
  • Confusão mental
  • Dificuldade para falar ou compreender a fala
  • Fraqueza em um lado do corpo ou paralisia
  • Alterações na visão, como visão dupla ou perda da visão
  • Convulsões
  • Vômitos persistentes
  • Trauma na cabeça

Esses sintomas podem ser indicativos de uma lesão ou doença que afeta o cérebro e a tomografia de crânio é um exame de imagem útil para detectar essas condições. No entanto, a decisão de solicitar ou não uma tomografia de crânio deve ser baseada na avaliação médica do paciente e em sua condição clínica geral.