Muitas vezes ouvimos no consultório ou nos hospitais os paciente candidatos ao uso de toxina botulínica perguntarem como é feita a aplicação. E você sabe?
A toxina botulínica é utilizada em neurologia de uma forma bem diferente do que é utilizado em estética, apesar de que a função é concentrada nos músculos. Em neurologia, usa-se em doenças que causam contrações involuntárias em músculos do corpo, e que muitas vezes mantêm posturas anormais e mesmo dolorosas, em situações as mais diversas como distonias (contrações involuntárias mantidas e padronizadas de um grupo muscular), espasmo hemifacial (contrações musculares de um lado da face), espasticidade (contrações mantidas geralmente causadas por lesões cerebrais e medulares, diferente da distonia), além de doenças que causam sudorese excessiva (hiperhidrose) e doenças que causam produção excessiva ou dificuldade na eliminação de saliva (sialorreia).
Para o uso correto da toxina botulínica, o médico, formado e treinado em aplicação de toxina botulínica, deve aplicar a toxina nos músculos contraídos e espásticos ou distônicos, ou nas glândulas indicadas da forma correta.
Para isso, o médico deve conhecer e saber quais os músculos do corpo, onde eles se inserem (em que ossos ou fibras), onde eles estão e quais suas funções. Esse conhecimento é necessário para que o uso da toxina seja feito com sucesso.
E quantos músculos existem no corpo? Os músculos esqueléticos, ou seja, músculos que se inserem nos ossos e fáscias (membranas musculares), somam no corpo humano cerca de 650. Não aplicamos a toxina em todos os músculos, até por que há músculos que são difíceis ou impossíveis de serem abordados. E há músculos em locais que podem causar efeitos colaterais, como músculos profundos do pescoço.
E para abordar estes músculos, são necessários seringa e agulha. O médico saberá o tamanho da agulha a ser necessária para atingir o músculo que ele precisa aplicar.
A aplicação dói? Isso depende muito de quem aplica, da quantidade de toxina a ser aplicada, do local em que é aplicado, do limiar do dor do paciente, e é claro, do calibre da agulha. Mas usamos agulhas de calibre fino. A aplicação deve ser feita de forma leve e lenta.
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Comente na minha página do Facebook - Dr Flávio Sekeff Sallem,
Médico Neurologista