A doença de Parkinson (DP) é muito
comum no mundo todo, e você certamente deve ter conhecido ou conhece várias
pessoas que tiveram ou que têm a doença. E a tendência é a doença ficar ainda
mais comum, por que a expectativa de vida da população mundial está crescendo
cada vez mais. Portanto, você ou seu parente certamente não foi o “premiado”
por ter a doença, como muitos ainda falam, mas simplesmente por que é uma
doença muito comum.
A DP não é
doença só de pessoas velhas, não. Várias pessoas podem ser acometidas em várias
idades, e existem vários casos ditos genéticos, ou seja, causados por defeitos
no DNA, que podem ocorrer mesmo em adolescentes. Já estão descritos mais de 13
tipos diferentes de genes e suas várias mutações.
Com relação
à causa da DP, os avanços científicos estão chegando cada vez mais perto dela,
mas ainda não se sabe a causa exata. Sabe-se que existe lesão em várias regiões
do cérebro, especialmente de uma região chamada substância negra, que produz
uma substância denominada de dopamina. A falta de dopamina responsabiliza-se
pela maior parte dos sintomas da doença. Mas há outros locais dentro e mesmo
fora do cérebro que são acometidos na DP.
Existem várias doenças que se parecem com a DP, além de que a exposição a
várias medicações e substâncias químicas também pode causar sintomas parecidos
com os da DP. A estas condições, denomina-se parkinsonismo (ou seja, parecem,
mas não são DP). O diagnóstico correto será feito pelo seu neurologista.
As medicações que causam sintomas parkinsonianos geralmente são as
medicações para labirintite (flunarizina, cinarizina) quando usadas por
períodos contínuos de tempo, e algumas medicações usadas para doenças
psiquiátricas (haloperidol, clorpromazina, tioridazina, levomepromazina, e
outras). Estas medicações podem, inclusive, piorar os sintomas de DP, e devem
ser evitadas em quem tem a doença.
Outras causas menos comuns de parkinsonismo são derrames, trauma
craniano, hematomas dentro da cabeça, e outras.
Falaremos nos próximos posts mais sobre a doença de Parkinson.
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Comente na minha página do Facebook - Dr Flávio Sekeff Sallem,
Médico Neurologista