Peraí! Antes eu achava que enxaqueca era uma coisa e cefaleia era outra coisa! E daí, eu li nesse blog que enxaqueca é uma forma de cefaleia, e aprendi também que cefaleia é a mesma coisa que dor de cabeça, só que em termos técnicos.
Agora, vem esse mesmo blog me falar que enxaqueca tem formas?!?!?!?!
Estou perdido!
Calma, caro leitor. Não se perca nos termos. Enxaqueca, como todas as doenças, tem formas sim.
É isso mesmo! Enxaqueca é uma doença, não um sintoma. E como doença, apresenta formas distintas. A enxaqueca, ou migrânea (o nome mais recente adotado pela Sociedade Brasileira de Cefaleia), é uma doença que é mais comum em mulheres, ocorre em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas jovens, piora com a menstruação, e parece ter característica familiar em boa parte dos casos.
Mas, quais as formas de enxaqueca?
Em primeira instância, a enxaqueca pode ser com aura e sem aura. A aura constitui-se em sintomas relacionados a alterações elétricas do córtex cerebral. Uma aura pode ser visual (brilhos, manchas coloridas, manchas enegrecidas no campo visual, perda visual, arco-íris na visão, ondulações na visão, e outras alterações), sensitiva (perda de sensibilidade, formigamentos), motora (perda de força de um lado ou do outro, ou mais raramente dos dois lados do corpo). Mais raramente há auras comportamentais, como sensação de sair do próprio corpo, de ver-se como a um espelho, de flutuar. Uma aura tipicamente dura menos de 60 minutos (na maioria das vezes menos de 20 minutos), e é seguida logo após pela tão conhecida dor de cabeça da enxaqueca.
Aqui há um post do blog sobre a aura da enxaqueca, com exemplos.
E há formas mais raras de enxaqueca. Entre elas, destacamos a migrânea hemiplégica familiar e a migrânea basilar.
Falaremos delas nos próximos dois posts.
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Comente na minha página do Facebook - Dr Flávio Sekeff Sallem,
Médico Neurologista