Dor de cabeça, tecnicamente com o pomposo nome de cefaleia, é um sintoma universal, e mais de 90% das pessoas do mundo já tiveram a sua, em algum momento da vida, ou a terão.
A dor de cabeça pode ser leve, moderada a intensa, pode ser episódica (de vez em quando) ou crônica (todos os dias, ou quase todos os dias). Pode ser holocraniana (na cabeça toda), hemicraniana (em um lado da cabeça), ou no rosto, ou mesmo somente na região frontal, temporal (lados da cabeça) ou occipital (na parte de trás da cabeça).
Há muitas, mas muitas mesmo, causas para dores de cabeça, e as mais comuns são problemas de dentes, pescoço, sinusites agudas, cefaleia tensional (a dor que vem no final do dia, em aperto ou peso, holocraniana) e a enxaqueca, que é uma doença, não o nome de um sintoma.
Mas algumas pessoas podem sentir uma dor de cabeça intensa, por algumas descrita como a pior dor de cabeça de suas vidas. Essa dor pode vir intensamente e subitamente, já começar de forma intensa, e alcançar o pico de intensidade em questão de segundos a minutos. A terminologia inglesa para esse tipo de dor é thunderclap headache, ou seja, cefaleia em trovoada. Note que essa dor costuma vir uma única vez na vida, é a mais forte que você já sentiu, e se vier mais de uma vez, pode ser uma forma benigna de dor chamada de cefaleia em trovoada primária, desde que toda a investigação tenha sido normal ou negativa.
Mas, quais as causas dessa dor? Bem, como disse, são muitas, mas vamos a algumas:
1 - Dissecção arterial - Ocorre quando a parede de um vaso, neste caso a carótida ou a vertebral, artérias que vão para o cérebro, se rompe por dentro, e sangue adentra a parte interna, muscular, da parede do vaso. O resultado pode ser dor de cabeça intensa, mas podem vir outros sintomas, somo fraqueza do lado contrário à lesão e alterações visuais, sintomas que são, tecnicamente, de um derrame.
2 - Trombose venosa cerebral - Neste caso, uma veia do cérebro sofre uma trombose, ou seja, a formação de um coágulo em sua porção interna, levando a alteração visual, aumento da pressão na cabeça, sintomas semelhantes aos de um derrame, crises convulsivas, e por vezes, uma dor de cabeça semelhante à descrita acima, intensa, súbita.
3 - Aneurisma cerebral - Nada mais são do que a dilatação de um vaso, geralmente em uma área dw confluência, com fatores de risco muito precisos, especialmente hipertensão arterial, fumo e história familiar. Essa é a causa mais comum de cefaleia em trovoada, e pode matar se o paciente não for atendido de forma correta o quanto antes.
Leia mais sobre aneurisma cerebrais neste blog, em um post antigo, mas ainda atual.
Muito bem, mas o que eu devo fazer se eu, ou alguém próximo a mim, sentir algo assim?
Leve-o imediatamente ao hospital. Nunca considere uma dor de cabeça intensa, especialmente se for nova (você ou a pessoa nunca sentiram essa dor na vida), como normal ou "que vai passar". Vá imediatamente ao hospital.
Os exames que devem ser solicitados após a primeira avaliação para esse tipo de problema geralmente são uma tomografia de crânio sem contraste, e se essa vier normal, um exame do líquido da espinha (leia sobre ele aqui), em casos selecionados, para descartar definitivamente sangue dentro da cabeça (lembre-se que a causa mais comum desse tipo de dor é aneurisma cerebral, e que este só dói quando rompe!), e um estudo vascular, que pode ser com angiorressonância ou angiografia cerebral.
Muito bem, mas o que eu devo fazer se eu, ou alguém próximo a mim, sentir algo assim?
Leve-o imediatamente ao hospital. Nunca considere uma dor de cabeça intensa, especialmente se for nova (você ou a pessoa nunca sentiram essa dor na vida), como normal ou "que vai passar". Vá imediatamente ao hospital.
Os exames que devem ser solicitados após a primeira avaliação para esse tipo de problema geralmente são uma tomografia de crânio sem contraste, e se essa vier normal, um exame do líquido da espinha (leia sobre ele aqui), em casos selecionados, para descartar definitivamente sangue dentro da cabeça (lembre-se que a causa mais comum desse tipo de dor é aneurisma cerebral, e que este só dói quando rompe!), e um estudo vascular, que pode ser com angiorressonância ou angiografia cerebral.
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Comente na minha página do Facebook - Dr Flávio Sekeff Sallem,
Médico Neurologista