terça-feira, janeiro 15, 2013

Mais sobre doença de Parkinson - O que é bradicinesia?

Talvez esse seja o sintoma mais problemático para os doentes com DP, pois esta palavra traduz a lentidão que os pacientes sentem. A bradicinesia inicia-se logo no começo da doença, e como o tremor é mais intensa unilateral, progredindo ao longo dos meses ou anos para o outro lado. A bradicinesia é mais intensa do mesmo lado em que o tremor iniciou.

O paciente ou o familiar observa uma lentidão cada vez maior para comer, vestir-se, tomar banho, deitar-se, virar na cama ou cobrir-se. Pode tornar-se intensa com o avançar da doença a ponto do paciente necessitar de ajuda para comer ou vestir-se. A bradicinesia afeta todo o corpo, pescoço, braços e pernas. 

A bradicinesia está sempre presente, mas nem todos os pacientes a apresentam na mesma intensidade, alguns sendo mais afetados que outros. Há pacientes que com 10 anos ou menos de doença apresentam bradicinesia intensa, e pacientes com 15 anos ou mais que apresentam-na em intensidade menor. Portanto, a intensidade do sintoma tem a ver com a evolução em cada paciente individualmente. Mas não se preocupe se a bradicinesia é mais intensa em você ou em seu familiar, pois as medicações em uso controlam de forma satisfatória todos os casos, desde os mais leves até o mais intensos.

O diagnóstico da bradicinesia é simples. O seu médico pedirá para você tocar a ponta do seu indicador de uma mão na ponta do polegar da mesma mão rapidamente (esse teste chama-se de finger tapping, ou toque de dedos), abrir e fechar as mãos várias vezes seguidas ou alternar entre dorso e palma da mão sobre a mesa ou coxa várias vezes rapidamente. Pode ainda pedir para você mexer rapidamente um pé, depois o outro pé, sentado ou em pé.

A DP, assim como com o tremor, não é a única doença que apresenta bradicinesia. Há outras doenças neurológicas que podem ter a bradicinesia como sintoma predominante. A bradicinesia vem acompanhada de outro sintoma que também afeta todo o corpo, a rigidez, sobre a qual falaremos no próximo post.  

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Comente na minha página do Facebook - Dr Flávio Sekeff Sallem,
Médico Neurologista