sexta-feira, agosto 17, 2018

Tenho Doença de Parkinson. Há riscos de meus filhos terem também?

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa, ou seja, com o tempo, ocorre a morte de vários neurônios em regiões específicas cerebrais, com perda de ligação entre regiões do cérebro. A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum do mundo, perdendo somente para a doença de Alzheimer, e é muito comum após os 65 anos de idade. 

Os sintomas mais comuns são lentidão e rigidez muscular. O tremor de repouso pode ocorrer em mais de 40% dos pacientes, mas pode ser que alguns pacientes com doença de Parkinson não o apresentem, ou o apresentem tempos depois do início da doença. 

A doença de Parkinson clássica NÃO é hereditária, ou seja, NÃO passa de pai ou mãe para filho ou filha. Se seu pai ou mãe tem a doença, não significa que você terá a doença. No entanto, se você tem um familiar, especialmente pai ou mãe, afetado, sua chance de ter a doença aumenta um pouco em relação às outras pessoas, mas de modo algum determina que você terá a doença.  

Há casos genéticos, que passam de geração para geração, mas isso é raro, e geralmente relaciona-se a casos da doença que começam muito cedo. Sabe-se que somente 15% dos casos de doença de Parkinson possuem história familiar, e na maior parte dos casos (85% restantes), a causa é desconhecida.

Portanto, é possível dizer que a doença de Parkinson NÃO é hereditária!

E, infelizmentem não há modo conhecido de prevenir a doença de surgir. 


sábado, junho 02, 2018

Comecei a ter uma dor de cabeça nova, que nunca tive na vida. Devo me preocupar?

A resposta é um categórico SIM!

Dor de cabeça é o sintoma mais comum em neurologia. Cerca de 90 a 95% das pessoas do mundo têm, tiveram ou terão dor de cabeça em algum momento da vida. 
E dor de cabeça, cujo nome científico é cefaleia, pode ser causada por mais de 150 doenças diferentes, desde problemas no pescoço até problemas nos olhos, articulações da mandíbula, dentes, seios da face, passando por tumores, aneurismas, derrames e inflamações cerebrais. 
Bem, é comum dores de cabeça ocasionais, sem maiores preocupações, quando chegamos estressados em casa, quando temos uma noite mal dormida, quando bebemos muito na noite anterior, ou quando levamos um baque ou batida na cabelça. Mas não é comum uma dor de cabeça nova e que persiste por dias ou semanas. Nestes casos, temos de investigar o paciente.
Os sintomas da dor de cabeça podem ajudar a deteminar sua causa exata. Por exemplo, dores associadas a nariz entupido e secreção nasal, que piora quando o paciente abaixa a cabeça, pode ser sinusite aguda. Dor que piora ao mastigar pode ser dor de dente, neuralgia trigeminal ou dor da articulação da mandíbula. Dor que piora ao estender a cabeça ou virar o pescoço pode ser dor do pescoço (cervicalgia), cujas causas são várias. 
Mas, em muitos casos, não há uma característica que seja definitiva para determinarmos a causa da dor, e precisamos de exames, como tomografia de crânio, líquido da espinha, radiografia do pescoço ou ressonâncias. 

Falaremos mais sobre isso nos próximos posts. 

sexta-feira, junho 01, 2018

E quando a dor de cabeça que eu tive for a pior da minha vida? O que eu devo fazer?

Quem nunca sentiu dor de cabeça, levante a mão.
Dor de cabeça, tecnicamente com o pomposo nome de cefaleia, é um sintoma universal, e mais de 90% das pessoas do mundo já tiveram a sua, em algum momento da vida, ou a terão. 
A dor de cabeça pode ser leve, moderada a intensa, pode ser episódica (de vez em quando) ou crônica (todos os dias, ou quase todos os dias). Pode ser holocraniana (na cabeça toda), hemicraniana (em um lado da cabeça), ou no rosto, ou mesmo somente na região frontal, temporal (lados da cabeça) ou occipital (na parte de trás da  cabeça). 
Há muitas, mas muitas mesmo, causas para dores de cabeça, e as mais comuns são problemas de dentes, pescoço, sinusites agudas, cefaleia tensional (a dor que vem no final do dia, em aperto ou peso, holocraniana) e a enxaqueca, que é uma doença, não o nome de um sintoma. 
Mas algumas pessoas podem sentir uma dor de cabeça intensa, por algumas descrita como a pior dor de cabeça de suas vidas. Essa dor pode vir intensamente e subitamente, já começar de forma intensa, e alcançar o pico de intensidade em questão de segundos a minutos. A terminologia inglesa para esse tipo de dor é thunderclap headache, ou seja, cefaleia em trovoada. Note que essa dor costuma vir uma única vez na vida, é a mais forte que você já sentiu, e se vier mais de uma vez, pode ser uma forma benigna de dor chamada de cefaleia em trovoada primária, desde que toda a investigação tenha sido normal ou negativa. 
Mas, quais as causas dessa dor? Bem, como disse, são muitas, mas vamos a algumas:
1 - Dissecção arterial - Ocorre quando a parede de um vaso, neste caso a carótida ou a vertebral, artérias que vão para o cérebro, se rompe por dentro, e sangue adentra a parte interna, muscular, da parede do vaso. O resultado pode ser dor de cabeça intensa, mas podem vir outros sintomas, somo fraqueza do lado contrário à lesão e alterações visuais, sintomas que são, tecnicamente, de um derrame.

2 - Trombose venosa cerebral - Neste caso, uma veia do cérebro sofre uma trombose, ou seja, a formação de um coágulo em sua porção interna, levando a alteração visual, aumento da pressão na cabeça, sintomas semelhantes aos de um derrame, crises convulsivas, e por vezes, uma dor de cabeça semelhante à descrita acima, intensa, súbita. 

3 - Aneurisma cerebral - Nada mais são do que a dilatação de um vaso, geralmente em uma área dw confluência, com fatores de risco muito precisos, especialmente hipertensão arterial, fumo e história familiar. Essa é a causa mais comum de cefaleia em trovoada, e pode matar se o paciente não for atendido de forma correta o quanto antes. 

Leia mais sobre aneurisma cerebrais neste blog, em um post antigo, mas ainda atual.

Muito bem, mas o que eu devo fazer se eu, ou alguém próximo a mim, sentir algo assim?

Leve-o imediatamente ao hospital. Nunca considere uma dor de cabeça intensa, especialmente se for nova (você ou a pessoa nunca sentiram essa dor na vida), como normal ou "que vai passar". Vá imediatamente ao hospital.

Os exames que devem ser solicitados após a primeira avaliação para esse tipo de problema geralmente são uma tomografia de crânio sem contraste, e se essa vier normal, um  exame do líquido da espinha (leia sobre ele aqui), em casos selecionados, para descartar definitivamente sangue dentro da cabeça (lembre-se que a causa mais comum desse tipo de dor é aneurisma cerebral, e que este só dói quando rompe!), e um estudo vascular, que pode ser com angiorressonância ou angiografia cerebral. 

segunda-feira, janeiro 01, 2018

Orientação vocacional - https://www.educaedu-brasil.com

Postagem realizada por solicitação do site https://www.educaedu-brasil.com

O artigo pode ser lido no site original

Autora: Liliana Diaz

A Orientação vocacional geralmente é realizada por psicólogos, que através da pesquisa e análise de provas de interesses, aptidões e personalidade, apoia ao aluno no percurso acadêmico e profissional indicado, além de sugerir estratégias de autoconhecimento.
Mas qual é nossa vocação profissional? Este é um dos interrogantes que surge quando estamos por finalizar o ensino médio ou quando não começamos ainda uma formação de educação superior. Se não conhecemos nossa vocação, fica difícil saber qual caminho profissional devemos seguir.
Sem dúvida, encontrar áreas de estudo relacionadas aos nossos interesses, habilidades e aptidões não é tarefa fácil, especialmente se não foram exploradas 100% e algumas ainda não foram descobertas. Por isso é muito importante identificar os pontos que nos ajudam a tomar a decisão certa.


O que eu gosto de fazer?

Este primeiro ponto é primordial. Não devemos confundir nossos hobbies com nossas habilidades e destrezas. Muitos de nós gostamos de ver televisão, mas apesar disso, esta ação não está internamente relacionada com a nossa vocação, a não ser que alguns programas concretos sobre: animais, arte, esportes, moda, etc, nos agrade muito. Neste caso, podemos considerar isto como uma inclinação sobre o que nos chama a atenção para estudar, sem ser um fator determinante.
Devemos estabelecer em quais áreas nos destacamos e quais nos apaixonam. Por exemplo, se gostamos de matemática e consideramos que temos habilidades nas carreiras que as contêm, então será um ponto de partida para escolher uma formação relacionada com a mesma.


Que opções de estudo existem?

Atualmente a oferta educativa é tão ampla e variada. Podemos fazer infinitas pesquisas pela internet para desta maneira encontrar o que queremos estudar, desde uma carreira técnica ou tecnológica até uma carreira profissional. Quando estabelecemos a área de interesse, podemos nos enfocar em encontrar uma formação que se adapte ao que queremos fazer por muitos anos.
No mundo todo, diversas instituições educativas oferecem cursos que se adaptam as nossas necessidades e preferências, dando-nos um abanico de possibilidades nas quais teremos mais espaço para optar por um tipo de estudo de acordo às habilidades que possuímos. Alternativas como: flexibilidade horária, metodologia de estudo, modalidade, formas de pagamento e financiamento contribuem para reduzir o filtro e alcançar as respostas para nossas inquietudes.
Níveis de estudo na Educação Superior: 
  • Carreira de nível Técnico: É um estudo caracterizado por ser mais curto que uma carreira profissional (1 a 2 anos), de menor custo, conciso e de maior especificidade ao se aprofundar em áreas concretas, com um alto nível de prática. Se o estudo for realizado numa instituição reconhecida pelo Ministério de Educação, independentemente do país, se obtêm um título de Técnica/o.
    https://www.educaedu-brasil.com/curso-tecnico
  • Carreira Tecnológica: É similar à carreira técnica; duração intermedia de formação (2 a 3 anos). Diferencia-se da anterior por sua metodologia e processo de investigação; está pensada para sistematizar a experiência. O título recebido é o de Tecnóloga/o, sempre e quando se trate de uma instituição respaldada pelo Ministério de Educação do Brasil.
  • Carreira Profissional (Licenciatura ou Bacharelado): O tempo de duração é mais prolongado (4 a 5 anos, ou mais); o conhecimento é vasto, dá igual importância à parte teórica e prática. Abarca matérias intrínsecas à área de estudo e outras humanísticas, sem que estejam diretamente vinculadas com a temática da carreira. Os títulos recebidos em sua grande maioria dão a possibilidade ao aluno de seguir seus estudos em cursos de pós-graduação. https://www.educaedu-brasil.com/graduacao

 


Indagar, investigar, explorar.

É importante investigar muito além do nome do curso que queremos estudar. Como diz o ditado “a embalagem pode nos atrair mais que o conteúdo”. Ao escolher uma carreira, devemos considerar estes pontos:
  • Matérias
  • Duração
  • Campos de ação
  • Trajetória da instituição
  • Se a instituição e o curso são reconhecidos pelas autoridades de educação pertinentes
  • Convênios com outras instituições
  • Corpo docente
  • Comentários de alunos e graduados
  • Atividades extracurriculares

Buscar assessoria:

Ao concluir o ensino médio, não devemos nos precipitar em determinar o que vamos fazer a nível universitário sem antes pesquisar muito. Com o passar dos anos, uma decisão apressurada pode traduzir-se em frustração.
Por sorte existem diversas instituições que oferecem testes vocacionais aos seus alunos em potencial, geralmente são espaços acadêmicos, nos quais se busca reconhecer os talentos de cada pessoa, em áreas pontuais. Poderíamos pesquisar diretamente nas universidades onde gostaríamos de estudar, muitas delas oferecem este tipo de assessoria. Podemos também realizar oficinas ou programas curtos que estimulem nossa capacidade cognitiva na execução dos conteúdos que queremos abordar.
Não devemos deixar de lado os testes online gratuitos oferecidos na internet tanto por instituições de ensino quanto por páginas web independentes, tais como: guiadacarreira.com.br/teste-vocacional/testevocacional.orgtestevocacionalonline.com.br.
É aconselhável buscar orientações profissionais aprovadas por instituições de renome.


Quanto tempo quero dedicar a minha formação profissional?

Com certeza o tempo que queremos destinar a nossa preparação acadêmica vai ser um componente essencial na decisão que tomarmos. Como mencionávamos, o tempo de duração varia conforme os tipos de formação existentes: carreiras técnicas, carreiras tecnológicas, licenciaturas e bacharelados.
Devemos definir se estamos inclinados a gastar menos tempo estudando porque queremos nos enfocar principalmente em trabalhar ou em ter mais tempo livre ou se pelo contrário, buscamos um estudo que contenha muitas horas de dedicação porque nos apaixona a aprendizagem que será adquirida durante esse período.
Nenhuma das duas escolhas está errada, ambas vão favorecer nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Pessoal já que estaremos fazendo o que nos faz sentir bem de acordo com a nossa vontade. Profissional porque no futuro, o entorno laboral no qual vamos nos desempenhar, como vamos avançar nele e a autorrealização que vamos atingir, será o reflexo da nossa decisão e de como vamos afrontá-la no transcurso da vida.


Gostaria de me formar no que meus pais, familiares ou amigos estudaram.

Em algumas ocasiões, as profissões dos nossos pais, irmãos, núcleo familiar e amigos, influi no que pensamos que é nossa verdadeira vocação. Apesar disso, não é sempre assim.
Se partirmos do principio de que temos que seguir os passos dos demais por sua vida profissional exitosa, porque parecem pessoas apaixonadas pelo que fazem e satisfeitas com o trabalho que desempenham; deixando de lado nosso conhecimento, interesses, gostos, talentos, habilidades e aptidões, não estamos indo pelo caminho correto. Outro erro comum é optar por áreas que estão na moda, só porque são estudadas por famosos e porque são divulgadas em diversos meios de comunicação e redes sociais.
Apesar da assessoria brindada por pessoas do nosso entorno e próximas a ele sobre suas próprias experiências acadêmicas, ao longo de suas trajetórias profissionais, desde o que estudaram ou estudam até sua ocupação atual, ser um enorme marco de referência e guia para nós, esmo assim devemos investigar se o que para estas pessoas parece apaixonante ou as experiências negativas que tiveram são o espelho do que aconteceria com a gente se escolhêssemos a mesma profissão.
Investigar, indagar, averiguar, explorar é nossa maior tarefa.



O aspecto econômico me interessa mais que minha vocação
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Se este é o caso, então estamos indo pelo caminho incorreto. É verdade, o aspecto econômico é uma variável que deve ser considerada, mas não é a mais importante. Se optarmos por uma profissão que por seu campo de ação traga altos ingressos, mas seu conteúdo não é interessante, e não se adapta aos nossos interesses, não estaremos tomando uma decisão acertada.
Existem profissões com menor saída laboral que outras, apesar disso e se consideramos nossas habilidades, é mais provável que no futuro conseguiremos tirar um grande da nossa escolha; estaremos agrupando o que somos, o que queremos ser e onde queremos chegar. Com a ampla oferta acadêmica atual, encontraremos carreiras com temáticas que se ajustam aos nossos desejos profissionais.
O Dr. Rick Sommer, diretor executivo dos programas acadêmicos da universidade de Stanford University dos Estados Unidos, manifestou que os estudantes que realmente buscam um desafio, conseguem desenvolver seus talentos ao máximo. Assim são as coisas, se nos desafiamos e encontramos uma formação da qual gostamos, conseguiremos alcançar mais facilmente nossas metas e objetivos.
Vale lembrar! A área e o nível de estudo que escolhermos vão refletir no crescimento e progresso que atingiremos ao longo da nossa trajetória profissional. A motivação para triunfar será o que nos apaixone, nos mobilize e impulse a ser melhores a cada dia,  e nos permita demonstrar em qualquer espaço, nossa capacidade de adaptação e compromisso em qualquer ocupação na qual nos dediquemos.