quinta-feira, dezembro 15, 2011

Exercício e o cérebro

Notícia tirada (e traduzida livremente) do Blog NerveBlog

Já foi falado aqui que o exercício físico é forte aliado na saúde cerebral. E aqui vai mais uma notícia sobre isso:

Nós todos sabemos que devemos ir à academia de ginástica para ficarmos sarados e de boa aparência, mas isso pode também melhorar sua cabeça?

Estudos recentes mostram que mesmo em cérebros normais saudáveis, exercícios forçados têm seus efeitos. Ratos que correram voluntariamente naquelas rodinhas colocadas em gaiolas (para ratos, sabe?) foram comparados a ratos forçados a correr em uma esteira (própria para ratos, claro). Mesmo embora os ratos que tenham corrido de forma voluntária o fizeram mais rápido, os que foram forçados a correr mostraram maior crescimento neural do giro denteado e tiveram melhor desempenho em testes cognitivos.

Exercícios forçados também parecem diminuir o risco de desenvolvimento de certas doenças neurológicas, e no caso da doença de Parkinson, parece aliviar alguns sintomas de algum modo. Pacientes com doença de Parkinson forçados a pedalar em uma bicicleta ergométrica a 90 rotações por minuto tiveram melhor controle motor corporal com um decréscimo em sintomas como micrografia (escrita cada vez menor) e tremores, quando comparados a controles que exerceram atividades menos pesadas, como andar ou pedalar de forma mais suave.

Estes desenvolvimentos vão certamente mudar a maneira como se trata esta e outras doenças neurológicas. Se você tem doença de Parkinson, fale com seu médico sobre isso.

Sequelas pós-AVC

Um AVC (acidente vascular cerebral) ou derrame, é um evento que impacta sobremaneira a vida de quem sofre e de quem convive com o paciente. Uma pessoa, antes plenamente ativa e funcional, inteligente e com fala/linguagem preservadas, de uma hora para outra vê sua vida se modificar, vê sua funcionalidade, sua capacidade laboral e criativa, e muitas vezes sua liguagem, serem afetadas. Diferente do infarto do miocárdio, que é evento tão devastador quanto, mas que quando não ceifa a vida de quem o teve leva a incapacidades funcionais que podem ser trabalhadas com o tempo, atividades físicas, e controle de hábitos, o AVC produz déficits neurológicos que podem ser permanentes, ou levar a sequelas que podem atrapalhas sobremaneira a vida do paciente.

Imagine um locutor de futebol que tenha tido um AVC que o leve a perder a capacidade de falar de forma fluente, ou o faça perder a capacidade de se comunicar. Ou um artista plástico que por um AVC ficou com um lado do corpo paralisado, e não pode mais desenvolver seu potencial artístico. Da mesma maneira, vários são os exemplo que podem ser dados.

Sequelas são justamente os danos, as lesões permanentes ou transitórias que ficaram após um dano cerebral, que pode ser por um trauma craniano, um surto de esclerose múltipla, uma infecçãi como meningite, ou um AVC. São variadas, tanto de intensidade como em relação às funções afetadas. Dependem da área do cérebrio danificada e da extensão de cérebro afetada.

As sequelas mais comuns são as paresias (ou fraquezas), geralmente de um lado do corpo, que podem evoluir com o enrijecimento do lado paralisado (espasticidade); perda de sensibilidade de um lado do corpo; dificuldades para falar (disartria) ou perda da comunicação (afasia); alterações de marcha (dificuldades para andar); alterações visuais (como a hemianopsia, discutida em tópico deste blog).

E como evitá-las? Evitando-se de ter um AVC, com exercícios físicos regulares, controle da pressão e da glicemia, evitar ou parar de fumar, e beber álcool em excesso, tratar a obesidade, diminuir o colesterol.

E se houver sequelas, o que fazer?

Daí, temos as intervenções na tentativa de reabilitação, como a fisioterapia, a fisiatria, a fonoaudiologia, a terapia ocupacional. Teremos mais temas sobre isto noi blog.

Por ora, fica o conselho: Evite um AVC, mantenha-se firme em sua determinação de saúde, vamos diminuir as sequelas que levam a incapacidade para o trabalho, e incapacidade até mesmo para a vida social e familiar.