Distonia cervical (DC) é uma desordem neurológica de causas ainda desconhecidas e múltiplos desencadeantes, desde traumas periféricos e lesões cerebrais até a inexistência destes.
Caracteriza-se pela presença de movimentos involuntários do pescoço em várias posições e planos, podendo estes movimentos ser posturas fixas ou movimentos dinâmicos, havendo dor que muitas vezes domina o quadro clínico.
É uma desordem socialmente embaraçante, que faz com que muitos pacientes decidam se isolar de seu familiares, amigos e atividades, levando a transtornos psíquicos e depressão.
Como todas as doenças neurológicas, a distonia cervical não está isenta de pesquisas e mais pesquisas atrás de uma cura, ou pelo menos de um alívio dos sintomas, especialmente a dor, que em muitos pacientes parece ser a fonte maior de sofrimento.
Há várias medicações utilizadas com esse intuito, como os relaxantes musculares (tanto os de farmácia como o baclofen), anticolinérgicos e benzodiazepínicos, como o clonazepam e o diazepam. Mas a medicação que mais faz efeito nestes casos é mesmo a toxina botulínica.
O termo distonia cervical é um guarda-chuva, que abriga várias condições, que têm em comum movimentos involuntários da musculatura do pescoço, podendo evoluir para outras áreas, como ombros, membros superiores ou face. Ainda, a distonia cervical pode fazer parte de um quadro mais amplo, que pode ter se iniciado na face ou membro superior.
Várias são as doenças neurológicas que cursam com distonia cervical. Muitas ocorrem na infância e adolescência, e outras na vida adulta. Várias desordens genéticas, como a doença de Wilson e a doença de Hallervorden-Spatz podem se manifestar como distonia cervical. Traumas cervicais, lesões medulares ou cranianas, siringomielias podem se manifestar como distonia cervical. Logo, deve-se fazer o diagnóstico da causa, se houver, juntamente com o plano terapêutico.
Como já foi comentado, há vários tipos de distonias cervicais, sendo o mais comum o tipo onde há uma rotação da cabeça, ou para a direita ou para a esquerda. A este tipo de movimento, dá-se o nome de torcicolo (por favor, diferencie do torcicolo que se tem quando se dorme de mal jeito ou se dá um "jeito" no pescoço. Nestes casos, ocorre dor intensa e postura anormal, mas o quadro é agudo e resolve em horas a dias, e não costuma tornar a aparecer). Geralmente há, acompanhando este movimento, dor que pode ser de leve a intensa, em alguns pacientes sendo mais grave que o próprio movimento involuntário.
Em vários pacientes com torcicolo, há também o que chamamos de laterocolo, ou tilt, um desvio da cabeça para um dos lados, que pode ser leve a grave. Este tilt tende a ser contralateral ao torcicolo (torcicolo para direita, tilt para a direita, e vice-versa).
O paciente queixa-se de dificuldade para virar a cabeça para o lado contrário ao torcicolo, e há em alguns pacientes tremor em negação (de um lado para o outro) que é melhor quando o paciente vira a cabeça para o lado da distonia, e piora quando vira a cabeça para o lado contrário. O tremor tende a bater para o lado da distonia.
Laterocolo é o desvio da cabeça fazendo com que a orelha fique mais próxima do ombro. Pode ser para a direita ou para a esquerda, e pode vir acompanhado de elevação do ombro do mesmo lado do desvio. Leva a bastante dor por tensão do músculo elevador da escápula, um pequeno músculo localizado na parte de trás do pescoço e que auxilia a levantar o ombro, e do músculo trapézio, que vai da nuca até o meio das costas de ambos os lados.
Devido aos vários diagnósticos diferenciais, incluindo doenças musculares (miopatias), miastenia gravis, síndromes miastênicas (com fraqueza muscular), doença de neurônio motor (como a esclerose lateral amiotrófica e a atrofia espinhal progressiva, além da atrofia bulbar progressiva), derrames ao nível do bulbo, doenças da coluna cervical, como malformação de Arnold-Chiari e siringomielia, e outras, deve-se fazer um extenso estudo, com ressonância de crânio e cervical e eletromiografia, ao menos que exames acurados demonstrem contrações distônicas que favoreçam o diagnóstico clínico. O tratamento é o mesmo das outras formas de distonia cervical.
Como todas as doenças neurológicas, a distonia cervical não está isenta de pesquisas e mais pesquisas atrás de uma cura, ou pelo menos de um alívio dos sintomas, especialmente a dor, que em muitos pacientes parece ser a fonte maior de sofrimento.
Há várias medicações utilizadas com esse intuito, como os relaxantes musculares (tanto os de farmácia como o baclofen), anticolinérgicos e benzodiazepínicos, como o clonazepam e o diazepam. Mas a medicação que mais faz efeito nestes casos é mesmo a toxina botulínica.
O termo distonia cervical é um guarda-chuva, que abriga várias condições, que têm em comum movimentos involuntários da musculatura do pescoço, podendo evoluir para outras áreas, como ombros, membros superiores ou face. Ainda, a distonia cervical pode fazer parte de um quadro mais amplo, que pode ter se iniciado na face ou membro superior.
Várias são as doenças neurológicas que cursam com distonia cervical. Muitas ocorrem na infância e adolescência, e outras na vida adulta. Várias desordens genéticas, como a doença de Wilson e a doença de Hallervorden-Spatz podem se manifestar como distonia cervical. Traumas cervicais, lesões medulares ou cranianas, siringomielias podem se manifestar como distonia cervical. Logo, deve-se fazer o diagnóstico da causa, se houver, juntamente com o plano terapêutico.
Como já foi comentado, há vários tipos de distonias cervicais, sendo o mais comum o tipo onde há uma rotação da cabeça, ou para a direita ou para a esquerda. A este tipo de movimento, dá-se o nome de torcicolo (por favor, diferencie do torcicolo que se tem quando se dorme de mal jeito ou se dá um "jeito" no pescoço. Nestes casos, ocorre dor intensa e postura anormal, mas o quadro é agudo e resolve em horas a dias, e não costuma tornar a aparecer). Geralmente há, acompanhando este movimento, dor que pode ser de leve a intensa, em alguns pacientes sendo mais grave que o próprio movimento involuntário.
Em vários pacientes com torcicolo, há também o que chamamos de laterocolo, ou tilt, um desvio da cabeça para um dos lados, que pode ser leve a grave. Este tilt tende a ser contralateral ao torcicolo (torcicolo para direita, tilt para a direita, e vice-versa).
O paciente queixa-se de dificuldade para virar a cabeça para o lado contrário ao torcicolo, e há em alguns pacientes tremor em negação (de um lado para o outro) que é melhor quando o paciente vira a cabeça para o lado da distonia, e piora quando vira a cabeça para o lado contrário. O tremor tende a bater para o lado da distonia.
Laterocolo é o desvio da cabeça fazendo com que a orelha fique mais próxima do ombro. Pode ser para a direita ou para a esquerda, e pode vir acompanhado de elevação do ombro do mesmo lado do desvio. Leva a bastante dor por tensão do músculo elevador da escápula, um pequeno músculo localizado na parte de trás do pescoço e que auxilia a levantar o ombro, e do músculo trapézio, que vai da nuca até o meio das costas de ambos os lados.
Esta forma de distonia cervical resume-se a um deslocamento cervical para a frente, tanto um deslocamento anterior como uma queda do pescoço. É a forma mais difícil de tratar, pois os músculos envolvidos são profundos, e de difícil aplicação com a toxina botulínica.
Devido aos vários diagnósticos diferenciais, incluindo doenças musculares (miopatias), miastenia gravis, síndromes miastênicas (com fraqueza muscular), doença de neurônio motor (como a esclerose lateral amiotrófica e a atrofia espinhal progressiva, além da atrofia bulbar progressiva), derrames ao nível do bulbo, doenças da coluna cervical, como malformação de Arnold-Chiari e siringomielia, e outras, deve-se fazer um extenso estudo, com ressonância de crânio e cervical e eletromiografia, ao menos que exames acurados demonstrem contrações distônicas que favoreçam o diagnóstico clínico. O tratamento é o mesmo das outras formas de distonia cervical.
Retrocolo é a forma antagônica do anterocolo, ou seja, desvio posterior do pescoço para trás, por contrações tônicas, involuntárias do pescoço, que o trazem forçadamente para trás, com dores e contrações de vários músculos cervicais. Estes movimentos pioram muito quando o paciente anda ou escreve, e com movimentos como falar e engolir, e podem melhorar completamente quando o paciente deita de costas ou de frente, apoia-se em uma parede ou segura a cabeça por detrás com a mão, o que denominamos truque sensitivo, e que pode ocorrer em qualquer forma de distonia cervical.
Seu tratamento consiste na aplicação de toxina botulínica nos músculos afetados, mais comumente os músculos localizados na parte posterior do pescoço, como o trapézio, elevador da escápula, semiespinhais do pescoço e da cabeça, e longuíssimos do pescoço.
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Médico Neurologista