Artigo tirado do site The Boston Globe - http://www.bostonglobe.com/ideas/2011/11/20/why-our-brains-make-laugh/l0OWxVcnRpzfyIheFgab5N/story.html
Por que achamos as coisas engraçacas? E por que temos senso de humor?
De acordo com Matthew Hurley, da Tufts University, nosso cérebro toma conhecimento de nosso dia-a-dia via uma série de suposições intermináveis baseadas em infromações incompletas e esparsas. Ou seja, o cérebro toma palpites do mundo, o que nos simplifica o mundo, nos dá insight (conhecimento de si mesmo) crítico das mentes dos outros, e canalizam nossas decisões. Mas erros acabam por ser inevitáveis, e mesmo uma minúscula suposição errada pode abrir portas para erros maiores e mais custosos.
O humor talves seja uma pequena recompensa que o cérebro dá a sim mesmo por procurar e corrigir nosas suposições erradas. Assim, o senso de humor seria um atrativo que mantém nossos cérebros alertas para as falhas entre nossas suposições erradas e a realidade. Muito do que consideramos comédia tira vantagem deste refçelxo cognitivo.
Em muitas situações, nossos cérebros são obrigados a antecipar constantemente o futuro fazendo suposições sobre o mundo em uma velocidade perigosa. Assim, pensamos muito sobre coisas sobre as quais ainda não sabemos, e damos nossos melhores palpites. mas isso preenche espaços mentais com lixo, pequenos erros, que podem iniciar uma cascata de erros se passarem despercebidos, levando-nos a gastar muita energia e recursos, e talve levando a verdadeiros desastres.
O ato de achafr e evitar estes erros é um trabalho crítico. Mas esta tem de competir com outras tarefas que nossos cérebros podem estar fazendo. Assim, o humor seria a recompensa do cérebro por descobrir seus erros de inferência, ou seja, seria uma auto-bajulação do cérebro.
No humor, não somente o cérebro descobre uma falsa inferência (erro), mas também simultaneamente recupera-se e se corrige. Pode-se ver isso em piadas quando, enquanto a ouvimos, temos a falsa impressão de algo que é errado, e que de repente nos é revelado como algo completamente diferente no final da piada. Após um brevíssimo momento de negatividade, com o "não é possível que seja assim", vem a risada, a gargalhada.
A habilidade de detectar o humor nos torna melhores e mais aptos, além de reduzir os erros que fazemos e pensamos.
Mas o que é universal aqui não é o contexto do humor, como muitas coisa sengraçadas para uns não o são para outros, ou são para um grupo étnico e não são para outro, mas o processo do humor. Todos temos diferentes visões, crenças, bagagem de conhecimento e entendimentos do mundo. Diferentes bagagens levam a diferentes suposições em relação ao mundo, e diferentes maneiras de encarar algo que pode ou não ser engraçado.
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Comente na minha página do Facebook - Dr Flávio Sekeff Sallem,
Médico Neurologista