domingo, fevereiro 19, 2023

O uso de toxina botulínica na bexiga neurogênica

A bexiga neurogênica é um problema que afeta a capacidade de controlar a micção. É uma condição que ocorre devido a danos nos nervos que controlam a bexiga, o que pode resultar em uma série de sintomas, incluindo incontinência urinária, aumento da frequência urinária e incapacidade de esvaziar completamente a bexiga.

Uma das opções de tratamento para a bexiga neurogênica é o uso de toxina botulínica. A toxina botulínica é uma substância que é injetada na bexiga para relaxar os músculos da bexiga e reduzir os sintomas associados à bexiga neurogênica.

A toxina botulínica age bloqueando a liberação do neurotransmissor acetilcolina, que é responsável por transmitir sinais nervosos para os músculos da bexiga. Ao bloquear a liberação de acetilcolina, a toxina botulínica relaxa os músculos da bexiga, o que pode reduzir a frequência e a intensidade das contrações involuntárias que causam os sintomas da bexiga neurogênica.

O uso de toxina botulínica na bexiga neurogênica pode ser uma opção eficaz para pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais, como medicamentos e terapia comportamental. No entanto, a toxina botulínica não é uma cura para a bexiga neurogênica e o tratamento deve ser repetido a cada seis a nove meses.

É importante notar que o uso de toxina botulínica na bexiga neurogênica pode ter efeitos colaterais, como infecção do trato urinário, retenção urinária e incontinência de urgência. Por isso, é importante que o tratamento seja realizado por um profissional qualificado e experiente em urologia.

Toxina botulínica no tratamento do espasmo hemifacial

Olá, tudo bem? Se você está sofrendo com espasmo hemifacial, primeiramente gostaria de dizer que sinto muito por isso. Essa é uma condição em que ocorrem contrações involuntárias dos músculos de um lado do rosto, geralmente causando desconforto e interferindo na sua qualidade de vida.

É importante lembrar que existem opções de tratamento para essa condição. O primeiro passo é consultar um médico especialista em distúrbios do movimento, como um neurologista ou um neurocirurgião. Eles poderão avaliar a gravidade dos seus espasmos e recomendar o melhor tratamento para o seu caso.

Alguns tratamentos possíveis incluem a aplicação de toxina botulínica nas áreas afetadas, medicamentos para controlar os espasmos e até mesmo cirurgia em casos mais graves. É importante seguir as recomendações do seu médico e manter um acompanhamento regular para avaliar a eficácia do tratamento.

A toxina botulínica é uma opção de tratamento bastante eficaz para o espasmo hemifacial. Ela é aplicada diretamente nos músculos afetados, bloqueando temporariamente a transmissão de sinais nervosos e diminuindo a intensidade e frequência dos espasmos.

Essa substância é segura quando utilizada corretamente e geralmente não apresenta efeitos colaterais significativos. Os resultados do tratamento podem ser percebidos em poucos dias e duram cerca de três a quatro meses, sendo necessárias novas aplicações para manter o efeito.

Porém, é importante lembrar que a toxina botulínica não é uma cura definitiva para o espasmo hemifacial e não deve ser utilizada como único tratamento. É importante avaliar a causa do espasmo e procurar um acompanhamento médico para identificar outras opções terapêuticas.

Lembre-se de que você não está sozinho nessa jornada e há muitas pessoas que sofrem com essa condição. Busque apoio de familiares e amigos, e não deixe de conversar com seu médico sobre todas as suas preocupações e dúvidas. Estamos torcendo por sua melhora!

O que é zumbido, aquele barulho no ouvido ou na cabeça?

 O zumbido, também conhecido como tinnitus, é um som que pode ser percebido na ausência de um estímulo sonoro externo. É uma condição comum, afetando cerca de 10% da população em todo o mundo. Embora muitas pessoas possam experimentar zumbido de vez em quando, para alguns pode ser constante e perturbador.

Existem muitas causas possíveis para o zumbido, incluindo exposição a ruído excessivo, lesão na cabeça ou no ouvido, doença cardiovascular, infecções e medicamentos ototóxicos. Ainda não existe cura para o zumbido, mas existem opções de tratamento que podem ajudar a reduzir a intensidade e o incômodo.

Aqui estão algumas das opções de tratamento mais comuns:

  1. Terapia sonora - Isso envolve a introdução de sons neutros para mascarar o zumbido e ajudar o cérebro a se concentrar em outra coisa.

  2. Aconselhamento - A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a mudar a maneira como as pessoas pensam e reagem ao zumbido.

  3. Tratamento médico - Alguns medicamentos podem ajudar a reduzir o zumbido, mas isso depende da causa subjacente.

  4. Alívio do estresse - Aprender a gerenciar o estresse pode ajudar a reduzir o zumbido.

  5. Acupuntura - Alguns estudos sugerem que a acupuntura pode ajudar a reduzir o zumbido.

  6. Suplementos nutricionais - Alguns suplementos, como zinco, podem ajudar a reduzir o zumbido em algumas pessoas.

  7. Técnicas de relaxamento - Yoga, meditação e outras técnicas de relaxamento podem ajudar a reduzir o zumbido.

  8. Ajustes de estilo de vida - Reduzir a exposição a ruído excessivo e evitar o tabaco e o álcool podem ajudar a reduzir o zumbido.

  9. Aparelhos auditivos - Em alguns casos, os aparelhos auditivos podem ajudar a reduzir o zumbido, aumentando a capacidade auditiva geral.

  10. Implantes cocleares - Em casos graves, os implantes cocleares podem ser usados para tratar o zumbido.

Em conclusão, o zumbido é uma condição comum que pode ser bastante perturbadora para algumas pessoas. Embora ainda não haja cura para o zumbido, existem muitas opções de tratamento disponíveis que podem ajudar a reduzir a intensidade e o incômodo. Se você estiver experimentando zumbido, é importante falar com um profissional de saúde para determinar a causa subjacente e discutir as opções de tratamento apropriadas.

segunda-feira, fevereiro 06, 2023

Para marcar consultas

Venha conhecer a clínica do Dr. Flávio Sekeff Sallem, onde você encontrará um neurologista com 19 anos de experiência, Doutor em Medicina pela USP, e especialista em distúrbios de movimento, doença de Parkinson, toxina botulínica e cannabis medicinal. Aqui, você será atendido sem pressa e com toda a atenção que você merece. Além disso, temos a opção de atendimento por telemedicina e em domicílio, para sua comodidade e segurança. Não perca mais tempo e venha buscar o tratamento ideal para o seu caso. Marque já sua consulta na Rua Doutor Diogo de Faria, 892, São Paulo.

Tel 11 5083822 e 11 963136006

Não atendemos planos de saúde, mas fornecemos recibo para reembolso e IR.

Causas de perda visual monocular (de um olho só)

A perda visual monocular é uma condição na qual uma pessoa tem perda de visão em um dos olhos. Isso pode ocorrer devido a uma série de causas, incluindo:

  1. Lesão ocular: Lesões físicas ao olho, como acidentes de carro, briga ou lesões esportivas, podem resultar em perda visual monocular.

  2. Doenças oculares: Algumas doenças oculares, como glaucoma, catarata e retinopatia diabética, podem levar à perda visual monocular.

  3. Infecções oculares: Infecções como conjuntivite, uveíte e herpes simples ocular podem causar danos irreparáveis ao olho e resultar em perda visual monocular.

  4. Tumores oculares: Tumores oculares, como melanoma ocular, podem invadir a retina e levar à perda visual monocular.

  5. Problemas vasculares: Problemas vasculares, como aterosclerose e trombose, podem afetar o fluxo sanguíneo para o olho e resultar em perda visual monocular.

  6. Condições neurológicas: Doenças neurológicas, como esclerose múltipla, podem causar perda visual monocular devido a danos nos nervos ópticos.

Em geral, é importante procurar atendimento médico imediatamente se houver qualquer perda visual, independentemente da causa, para garantir o tratamento adequado e evitar a progressão da condição.

Quais são as causas mais comuns de formigamento nas pernas?

Aqui estão as causas mais comuns de formigamento nas pernas:

1. Lesões na coluna vertebral, como hérnia de disco ou escoliose. 2. Neuropatia periférica, que é uma lesão dos nervos nas pernas. 3. Pressão excessiva sobre os nervos, como acontece em pessoas que passam muito tempo sentadas ou em pé. 4. Doenças vasculares, como aterosclerose ou trombose. 5. Síndrome da perna inquieta, que é uma condição que causa incômodo e movimentos involuntários nas pernas. 6. Diabetes, que pode prejudicar a função dos nervos. 7. Deficiência de nutrientes, como a falta de vitamina B12 ou ácido fólico. 8. Abuso de álcool ou drogas, que podem prejudicar a saúde dos nervos. 9. Condições de saúde gerais, como inflamações ou infecções. Em casos graves de formigamento nas pernas, é importante procurar um médico para realizar uma avaliação e tratamento adequado.

AS AFASIAS

 A afasia é uma condição neurológica que afeta a capacidade de produzir linguagem, compreender ou escrever. Existem vários tipos de afasia, incluindo:

  1. Afasia global: é a forma mais grave de afasia, onde a pessoa tem dificuldade em compreender e se comunicar tanto oralmente quanto por escrito.

  2. Afasia de Broca: também conhecida como afasia motora, é caracterizada por dificuldade na produção da fala, mas com boa compreensão da linguagem.

  3. Afasia de Wernicke: também conhecida como afasia sensorial, é caracterizada por dificuldade na compreensão da linguagem, mas com fala fluente.

  4. Afasia transcortical motora: é semelhante à afasia de Broca, mas com preservação da capacidade de repetir frases.

  5. Afasia transcortical sensorial: é semelhante à afasia de Wernicke, mas com preservação da capacidade de nomear objetos e de repetir frases.

  6. Afasia de condução: é uma combinação de afasia de Broca e de Wernicke, com dificuldade tanto na produção da fala quanto na compreensão da linguagem.

As causas mais comuns incluem:

  1. Acidente vascular cerebral (AVC): um derrame cerebral pode danificar as áreas do cérebro responsáveis pela fala e compreensão linguística.

  2. Lesões traumáticas: uma lesão craniana, como uma lesão na cabeça ou na base do crânio, pode levar a uma afasia.

  3. Doenças neurodegenerativas: algumas doenças, como a doença de Alzheimer, ou a esclerose múltipla, e mais raramente as afasias progressivas primárias, podem levar a uma progressiva perda da capacidade de fala e compreensão linguística.

  4. Tumores cerebrais: um tumor cerebral pode pressionar e danificar as áreas responsáveis pela fala e compreensão linguística.

  5. Infecções cerebrais: uma infecção, como a meningite ou a encefalite, pode danificar o cérebro e causar afasia.

  6. Lesões por falta de oxigenação: uma lesão por falta de oxigenação, como ocorre durante o nascimento ou uma anestesia geral, pode causar afasia.


A afasia é uma perturbação da fala e da compreensão da linguagem causada por lesões no cérebro, especialmente na área do córtex cerebral responsável pela linguagem. A afasia pode afetar a produção de palavras, a compreensão de frases, a leitura, a escrita e a capacidade de compreender a linguagem oral e escrita.

Já a disartria é uma perturbação da fala causada por lesões ou doenças que afetam os músculos utilizados na fala, como os músculos da língua, lábios, mandíbula e pescoço. A disartria pode resultar em dificuldades para pronunciar as palavras corretamente, dificuldade em controlar o ritmo e a velocidade da fala e dificuldade em articular os sons.

As afasias primárias progressivas são um grupo de distúrbios neurológicos que afetam a capacidade de uma pessoa de compreender e se expressar verbalmente. Esses distúrbios são progressivos, o que significa que a capacidade de linguagem de uma pessoa vai se deteriorando ao longo do tempo.

Existem vários tipos diferentes de afasias primárias progressivas, incluindo a afasia progressiva não fluente, afasia progressiva logopênica e afasia semântica. Cada tipo afeta a linguagem de uma forma única, mas geralmente as pessoas com afasia primária progressiva têm dificuldade para formar frases, expressar pensamentos claramente e compreender o que as outras pessoas estão dizendo.

A causa das afasias primárias progressivas é desconhecida, mas acredita-se que elas sejam resultado de lesões ou doenças neurodegenerativas, como a esclerose lateral amiotrófica (ELA) ou a doença de Alzheimer.

O tratamento para as afasias primárias progressivas é baseado na reabilitação da linguagem, incluindo terapia de fala e terapia ocupacional. Além disso, ajuda social e emocional pode ser fornecida para ajudar as pessoas a lidar com o impacto emocional da doença.

Em geral, as afasias primárias progressivas são uma condição grave e debilitante que pode afetar seriamente a qualidade de vida de uma pessoa. É importante procurar atendimento médico imediatamente se você suspeita que você ou alguém que você conheça possa ter uma afasia primária progressiva.

Em resumo, a afasia é uma perturbação da linguagem, enquanto a disartria é uma perturbação da fala. Ambas são distúrbios da comunicação, mas afetam diferentes aspectos da linguagem e da fala.

Estes são os tipos de afasia mais comuns, mas há outros tipos menos frequentes. O tratamento da afasia depende do tipo e da gravidade da condição, mas geralmente inclui terapia da fala e reabilitação neurológica.

quinta-feira, julho 30, 2020

MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DO COVID-19 PARA O LEIGO - PARTE 1

A infecção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, o COVID-19, caracteriza-se por um quadro de febre, tosse e falta de ar intensa em uma minoria significativa dos pacientes. A maior parte dos pacientes acaba sendo assintomática ou oligossintomática (poucos sintomas, inespecíficos). Os motivos para essa variabilidade nos sintomas ainda são debatidos, mas provavelmente têm relação com fatores genéticos de expressão de moléculas na superfície de células, especialmente a ECA ou enzima conversora de angiotensina, e com fatores modificáveis, especialmente a famosa síndrome metabólica, onde obesidade, hipertensão e diabetes têm papel relevante, e que leva a alteração na expressão da ECA, aumentando os riscos de infecção mais intensa e com maior potencial de letalidade.

Os coronavírus que infectam o homem, sete no total, possuem potencial de invasão ou inflamação do sistema nervoso, incluindo cérebro, medula e nervos periféricos. Não é diferente com o novo coronavírus, mas o potencial de lesão neurológica não é grande. No entanto, haja vista a enorme quantidade de pacientes já afetados, mais de 4,500,000 no mundo todo, pequenas proporções tornam-se números significativos. De acordo com vários autores, esperam-se mais de 15,000 casos de complicações neurológicas até agora, número esse que continua crescendo à medida que o número de casos continua aumentando. 

As complicações neurológicas aparentam possuir mecanismos diferentes de instalação. Invasão viral direta no cérebro ou medula parece ser rara. Complicações mais comuns parecem ser inflamações induzidas pelo vírus ou por reações autoimunes ao vírus. A famosa tempestade de citoquinas, fenômeno inflamatório intenso que ocorre em casos graves de COVID-19, pode levar a lesões infamatórias graves. Ainda, lesão da camada mais interna dos vasos, o endotélio, pode levar a complicações vasculares, incluindo acidentes vasculares cerebrais, ou derrames, algo incomum para os outros coronavírus, mas frequente para o SARS-CoV-2, e que parece afetar mais pacientes jovens. 

Nesta série, começando hoje, iremos abordar os sintomas neurológicos mais comuns relacionados à infecção pelo novo coronavírus. 

quarta-feira, abril 22, 2020

Quais são as causas de um AVC, o famoso derrame?

AVC refere-se a uma sigla, Acidente Vascular Cerebral. É uma doença que pode ser causada por obstrução de uma artéria (mais comum) ou veia cerebral (artérias saem do coração e vão para os órgãos, e veias saem dos órgãos e se direcionam ao coração), ou ao rompimento de um vaso cerebral, aréria ou veia. 
As causas de AVC são as mais variadas, mas as mais comuns são doenças crônicas, tais como hipertensão arterial, a famosa pressão alta, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, o ato de fumar, obesidade, e hábitos de vida como sedentarismo, o não praticar atividade física regular, e alimentação errada. Doença dos rins, as nefropatias, doenças do coração, as cardiopatias, especialmente uma arritmia famosa chamada de fibrilação atrial, quando o coração bate de forma descompassada, lesões arteriais, as dissecções, e anormalidades genéticas, como anemia falciforme e deficiência de vitamina B12, podem também ser causa de AVC.
Como você pode bem ver, as causas de AVC são as mesmas do infarto do miocárdio.

Cuide-se.
E se você for sedentário, tiver acima de 40 anos de idade ou doença ortopédica ou cardiovascular, somente pratique atividade física após avaliação médica adequada. 

sábado, abril 11, 2020

Quando devo ir ao pronto-socorro? Estou com medo do coronavírus.

Esta postagem não é exatamente sobre neurologia, mas há algo neste sentido.

A pandemia atual de SARS-CoV-2, o famoso novo coronavírus, tem levado pacientes a desistirem de ir ao pronto-socorro, mesmo em situações urgentes e dramáticas, e histórias tristes de pacientes que faleceram em casa, vítimas de infartos do miocárdio, embolias pulmonares ou tiveram um AVC não trombolisado a tempo, estão abundando no meio médico, e mesmo nos ambientes leigos. 

Pacientes meus me ligam perguntando o que fazer em situação de urgência, e na verdade, uma ligação ou uma "teleconsulta" por Whatsapp ou qualquer aplicativo não conseguirá dimensionar o problema que o paciente pode estar apresentando, caso seja algo muito grave e de início recente ou agudo. É necessária visita ao pronto-socorro em situações de urgência, mesmo sob a pandemia, usando as precauções necessárias, como máscaras e álcool gel. Quase todos os hospitais, privados e públicos, estão fazendo separação dos doentes em ambientes diferentes para evitar infecções nos que lá chegam por outros motivos além de quadros gripais graves ou problemas respiratórios. Os funcionários dos hospitais estão utilizando materiais e equipamentos para evitar contaminação dos pacientes, e sendo orientados sobre as medidas a serem tomadas para isso. Assim, a pergunta que fica é, quando eu devo ir ao pronto-socorro por outro motivo que não a síndrome respiratória característica da pandemia?

A orientação é o paciente procurar o pronto-socorro se estiver com sintomas que sugiram doenças graves, especialmente se ele se enquadrar em grupos de risco.

Assim, pacientes com dor no peito e falta de ar, sugestivos de infarto do miocárdio ou embolia pulmonar, especialmente se forem hipertensos, de meia idade, fumantes, diabéticos, sedentários e/ou obesos; sintomas sugestivos de derrame, como perda visual súbita, alteração de fala ou liguagem, perda de força, perda de sensibilidade, incoordenação, especialmente em pacientes obesos, hipertensos, diabéticos, fumantes, sedentários, mas lembrar que não são somente estes pacientes que podem apresentar derrames; crises graves de doenças crônicas, como crises de falta de ar em DPOC e asma, crises de hipoglicemia com desmaio em pacientes diabéticos, crises epilépticas, as famosas convulsões, especialmente se durarem mais de 5 minutos e se o paciente não estiver sendo tratado ou tiver parado o tratamento; dor de cabeça súbita, a pior da vida, que pode sugerir ruptura de aneurisma cerebral; sangramentos, como sangramento vaginal, uretral ou retal, especialmente se forem de grande quantidade e vierem com mal-estar, palidez, desmaio; dores abdominais novas, intensas, com parada de eliminação de gases e fezes, especialmente se vierem com vômitos e dificuldade para comer; dor ocular súbita com perda visual; e várias outras situações nas quais ajuda urgente ou emergencial é indicada. Lembrar também que falta de ar, a famosa dispneia, e febre não são somente sintomas de coronavírus, mas pneumonias bacterianas, tuberculose, empiema pleural, e outras doenças também podem causar estes sintomas. Aqui cabem outras possibilidades, como fraturas domésticas, quedas em casa com trauma craniano e sonolência, especialmente em idosos, o que sugere hematomas intracerebrais, e outras situações. 

Os hospitais devem receber pacientes em situações de urgência e emergência, mesmo nesta pandemia, pois as outras doenças continuam a ocorrer. Não espere piorar ou algo pior ocorrer se você achar que necessita ir a médico por seus sintomas. Lembre-se que há coisas tão ruins quanto, ou mesmo piores, que o coronavírus. 

quinta-feira, abril 02, 2020

Manifestações Neurológicas da doença pelo novo coronavírus - COVID-19

Viroses são doenças provocadas por vírus e pela reação imunológica à sua presença. 
Vírus são partícular lipoprotéicas (compostas de lipídios e proteínas) com um núcleo contendo material genético, DNA ou RNA.
O novo coronavírus, SARS-COV-2, é um vírus RNA.
Quando do início da pandemia, acreditava-se que as manifestações clínicas da doença estariam restritas ao sistema respiratório. No entanto, vários estudos estão trazendo informações sobre manifestações neurológicas durante a doença, na forma de confusão mental aguda ou subaguda (evoluindo em dias), sangramento cerebral, doenças inflamatórias e meningoencefalite. 

Esta série de postagens visa colocar uma luz sobre os aspectos neurológicos do COVID-19