Enxaqueca, definida como uma cefaleia unilateral, latejante, em que a luz e o barulho incomoda, podendo ter náuseas, vômitos e tontura, durando de 4 a 72 horas, e vindo com sintomas visuais, pode ser evitada (prevenida).
Inicialmente há considerações não medicamentosas a serem discutidas:
1. O paciente portador de enxaqueca (sim, enxqaqueca não aparece do nada, como uma dor de cabeça que vem há 15 dias, mas é uma doença que comumente aparece entre a adolescência e o início da vida adulta, podendo acometer crianças e mesmo pessoas mais velhas) não deve perder horas de sono, nem dormir a mais do que costuma, mesmo em domingos e feriados, pois isso pode acarretar uma crise.
2. O paciente não deve perder refeição, e deve se alimentar, de preferência, em pequenas porções a cada 3 horas, auxiliando assim o metabolismo, inclusive prevenindo a obesidade. Perder refeições pode significar dores e crises mais fortes.
3. O paciente não deve se expor excessivamente ao sol, devdndo usar óculos escuros e chapéus de aba larga, especialmente se for passar longas horas embaixo do sol, como em filas de parques de diversão ou na praia.
4. O paciente não deve ingerir álcool de forma regular e nem em doses elevadas, pois pode estar em uso de medicação com a qual o álcool pode interagir, podendo dar efeitos colaterais (consideração mais importante para o ácido valpróico, o valproato de sódio e o divalproato de sódio).
5. O paciente deve conhecer se há algum alimento que provoque uma crise, e deve evitá-lo. Os alimentos mais comumente associados a crises são:
a. Chocolate
b. Doces e açúcar cristal
c. Frituras
d. Embutidos
e. Condimentos industrializados, como ketchup e mostarda
f. Salsichas e enlatados
g. Castanhas e nozes
Há outros alimentos, a depender do paciente. Já vi pacientes que tinham dores com o consumo de pepino ou melancia. E tenho paciente que não têm problemas com alimentos. Logo, revise sua vida, e veja se há algum alimento que você deva evitar, pois se houver, seu consumo pode desencadear uma crise.
Caros amigos e visitantes, este blog não se destina em nenhuma hipótese a dar diagnósticos ou sugerir tratamentos, mas tão somente a alertar acerca de problemas de saúde. Faça um bem a si mesmo, na existência de algum problema de saúde procure um médico. Não respondo a todos os comentários, e nem em tempo real. Posso demorar dias até ter tempo de respondê-los. Perguntas sobre diagnósticos ou tratamentos devem ser feitas a um médico em consulta.
sábado, março 19, 2011
O que usar nas crises de enxaqueca?
Como já dissemos anteriormente, ter dor de cabeça é muito, mas muito desagradável. A vontade de acabar com a dor é maior que a capacidade de discernir o que é bom e o que não é bom para tomar, especialmente quando não temos conhecimento do que estamos tomando. Logo, vamos esclarecer alguns detalhes:
1. Analgésicos, como aspirina, cetoprofeno, ibuprofeno, naproxeno, ketorolaco, e outros nomes são bons para acabar com uma crise de cefaleia, mas não devem ser usados em excesso (ou seja, mais do que 2 ou a 3 comprimidos POR SEMANA, isso mesmo, SEMANA!). O risco é você levar a uma cefaleia chamada de cefaleia por abuso de analgésicos, que costuma ser leve a moderada, mas pode ser intensa, e píor, diária ou quase diária.
2. Os famosos alcalóides do ergot, tão usados por aí afora (ergotamina e congêneres), também auxiliam na crise, mas cuidado. Não devem ser usados mais do que 2 a 3 comprimidos por semana da mesma maneira que os analgésicos, por conta da piora das dores, mas também podem, em cardíacos, causar angina, dores no peito, e mesmo infarto do miocárdio. Logo, se você é cardíaco ou já teve infarto, comente isso com seu neurologista antes de lhe prescrever uma medicação.
3. Os triptanos são os melhores, comprovadamente mais eficazes nas crises. São o sumatriptan, o rizatriptan, o naratriptan, o elatriptan, o fovratripan, e o zolmitriptan. Mas também padecem dos mesmos riscos dos medicamentos anteriores. Fora isso, não devem nunca ser usados por cardiopatas ou pacientes que tiveram infarto ou angina, e nunca devem ser usados junto com os ergotamínicos, pois podem desencadear infarto ou isquemia do coração.
No próximo artigo, falaremos sobre as medicações preventivas de enxaqueca.
sexta-feira, março 18, 2011
A pior dor de cabeça da vida
Dor de cabeça realmente não é bom. Em artigos anteriores, demonstrei a diferença entre alguns tipos de dores primárias. Hoje, quero comentar sobre um outro sintoma, A PIOR DOR DE CABEÇA DA VIDA.
Ocasionalmente encontramos, especialmente em serviços de emergência, pacientes que se queixam de uma cefaleia (dor de cabeça para os que ainda não leram os artigos anteriores) que se iniciou de forma súbita, de um segundo para o outro, de forma já intensa, a pior dor da vida, e que persiste, podendo mesmo levar a desmaios ou crises convulsivas.
Estas crises não costumam piorar, pois já se iniciam de fortíssima intensidade, daí chamadas de cefaleias em trovoada (thunderclap headache). A causa mais comum (e mais grave) é a ruptura de um aneurisma cerebral, mas há outras causas como tromboses cerebrais (quando uma veia do cérebro entope, especialmente em pacientes fumantes), derrames, lesões arteriais do pescoço, e mesmo casos primários (cefaleia em trovoada primária).
Mas o aneurisma é o que preocupa mais, tanto os médicos como os pacientes e seus familiares, e deve ser afastado.
Observe abaixo um aneurisma cerebral e sua ruptura:
https://encrypted-tbn1.google.com/images?q=tbn:ANd9GcS6ELPnk3qrRjCbuaihXS19JDF1TtsDhDziRqkccaHmB1EJVIvcJw |
Observe que o aneurisma é uma dilatação da artéria, e que pode, como na figura abaixo, romper e levar a extravasamento de sangue para o cérebro (hemorragia parenquimatosa) ou para as estruturas ao redor do cérebro (hemorragia subaracnóidea).
https://encrypted-tbn0.google.com/images?q=tbn:ANd9GcSi_0QxXO_CuIq8Cc8hJcvlqh-IsLszo2jWS1N3sDcLLIgbKRINwA |
Logo, nestas situações, a primeira coisa a fazer é ir a um pronto-socorro (PS) imediatamente e fazer uma tomografia de crânio a procura de sangramento cerebral. Caso a tomografia seja normal, deve-se colher o líquido da espinha lombar à procura de sangue na cabeça. Este diagnóstico deve ser perseguido com afinco pelo médico, pois pode salvar vidas (o aneurisma pode ser clipado ou fechado, e não romper mais, o que poderia matar o paciente).
Logo, se você sentir este tipo de dor, ou algum parente ou amigo seu, vá ou leve-o imediatamente a um PS.
E você sabe quais são os dois fatores de risco mais comuns para um aneurisma cerebral? São a pressão alta e o tabagismo (fumo). Logo,faça um favor a si próprio, se você fuma, tente parar de fumar, e faça um bem a sua saúde.
Crise convulsiva - primeiros socorros
Uma crise convulsiva é um evento catastrófico e perturbador, tanto para quem sofre como para quem assiste. Especialmente se quem tem a crise é um parente ou amigo próximo. Por isso mesmo deve-se saber cuidar do paciente durante e após a crise, para prevenir acidentes e doenças causadas pela aspiração pulmonar de secreções.
Uma crise convulsiva é caracterizada por abalos musculares difusos com perda total da consciência, sialorreia (baba), mordedura de língua com sangramento, e eventualmente laceração lingual, e incontinência urinária (o paciente urina na calça). Após a crise, é comum e natural o paciente ficar sonolento, confuso, e mesmo agressivo, o que pode durar horas.
Na crise, se o paciente estiver sentado ou em pé e você estiver junto dele, ajude-o a cair, amortecendo a queda. Coloque o paciente de lado, com a cabeça pendendo para baixo, de modo a fazer cair a língua para fora e impedir a mesma de entupir a entrada de ar (não coloque os dedos na boca do paciente para livrar a garganta da língua - além de anti-higiênico, o paciente pode contrair a mandíbula fortemente e lesar gravemente seus dedos). Com o paciente nessa posição, imediatamente coloque objetos macios ao seu redor e embaixo de sua cabeça para evitar traumas, como travesseiros ou almofadas. Evite contato com objetos pontiagudos ou duros, o que pode machucar o paciente. Não segure o pescoço do paciente, para eviatr fraturas que podem complicar o quadro, e não segure os braços ou pernas do paciente, pois ele ou você podem sair lesados desse evento. Ao invés, deixe-o se batendo até a crise acabar.
A crise deve durar cerca de 1 minuto. Após acabar, chame imediatamente uma ambulância. Uma crise que dure mais de 3 a 5 minutos é uma emergência médica, e deve ser socorrida por médicos ou no hospital o mais rápido possível.
Se somente você estiver em casa com o paciente, mantenha sempre a calma, o que é essencial nessas horas, e chame o serviço de atendimento médico tão logo a crise acabe. Caso esteja você e mais outras pessoas, solicite a uma delas (maior de idade) que acione o serviço de atendimento médico de urgência.
Lembre-se: Se você é epiléptico, tome suas medicações corretamente, conforme a prescrição médica, e evite perder ou deixar faltar medicação, ou perder horário de tomada, o que pode fatalmente desencadear crises.
Uma crise convulsiva é caracterizada por abalos musculares difusos com perda total da consciência, sialorreia (baba), mordedura de língua com sangramento, e eventualmente laceração lingual, e incontinência urinária (o paciente urina na calça). Após a crise, é comum e natural o paciente ficar sonolento, confuso, e mesmo agressivo, o que pode durar horas.
Na crise, se o paciente estiver sentado ou em pé e você estiver junto dele, ajude-o a cair, amortecendo a queda. Coloque o paciente de lado, com a cabeça pendendo para baixo, de modo a fazer cair a língua para fora e impedir a mesma de entupir a entrada de ar (não coloque os dedos na boca do paciente para livrar a garganta da língua - além de anti-higiênico, o paciente pode contrair a mandíbula fortemente e lesar gravemente seus dedos). Com o paciente nessa posição, imediatamente coloque objetos macios ao seu redor e embaixo de sua cabeça para evitar traumas, como travesseiros ou almofadas. Evite contato com objetos pontiagudos ou duros, o que pode machucar o paciente. Não segure o pescoço do paciente, para eviatr fraturas que podem complicar o quadro, e não segure os braços ou pernas do paciente, pois ele ou você podem sair lesados desse evento. Ao invés, deixe-o se batendo até a crise acabar.
A crise deve durar cerca de 1 minuto. Após acabar, chame imediatamente uma ambulância. Uma crise que dure mais de 3 a 5 minutos é uma emergência médica, e deve ser socorrida por médicos ou no hospital o mais rápido possível.
Se somente você estiver em casa com o paciente, mantenha sempre a calma, o que é essencial nessas horas, e chame o serviço de atendimento médico tão logo a crise acabe. Caso esteja você e mais outras pessoas, solicite a uma delas (maior de idade) que acione o serviço de atendimento médico de urgência.
Lembre-se: Se você é epiléptico, tome suas medicações corretamente, conforme a prescrição médica, e evite perder ou deixar faltar medicação, ou perder horário de tomada, o que pode fatalmente desencadear crises.
quinta-feira, março 17, 2011
Crise epiléptica vs Epilepsia vs Convulsão
Crise epiléptica é quando ocorre uma descarga cerebral em um grupo de neurônios por vários motivos, quer seja idiopática (sem causa definida, como ocorre em vários casos de crianças e alguns casos de adultos), por febre (como ocorre em crianças de menos de 4 anos de vida com febre alta), por medicações (sim, alguns remédios podem levar a crise epiléptica, logo não se auto-medique), a trauma craniano (como em acidentes), ao uso de álcool, a derrames, tumores cerebrais, etc...
As crises podem ser únicas ou várias. Crises únicas podem ser de várias causas, mas uma boa parte dica sem diagnóstico. Agora, quando o paciente tem mais de uma crise epiléptica espontânea, ou seja, não precisou bater a cabeça, nem ter derrame, nem usar medicações ou drogas ou álcool, ou ter febre, ou qualquer outra coisa para ter a crise (o cérebro já tem uma área doente, que descarrega independentemente de qualquer coisa), daí chamamos de epilepsia, e temos de dar medicações para controlar as crises.
Uma crise epiléptica pode ter várias formas de apresentação, desde uma parada do olhar (ausência, quando em crianças ou raramente em adultos), uma torsão ou abalos de um braço, perna ou parte do rosto, ou uma perda de consciência, até a famosa crise de abalos, em que o paciente se bate, baba, e pode morder a língua. A estas últimas crises epilépticas mais violentas, intensas, e dramáticas, chamamos de crise convulsiva, ou mais laicamente convulsão.
As crises podem ser únicas ou várias. Crises únicas podem ser de várias causas, mas uma boa parte dica sem diagnóstico. Agora, quando o paciente tem mais de uma crise epiléptica espontânea, ou seja, não precisou bater a cabeça, nem ter derrame, nem usar medicações ou drogas ou álcool, ou ter febre, ou qualquer outra coisa para ter a crise (o cérebro já tem uma área doente, que descarrega independentemente de qualquer coisa), daí chamamos de epilepsia, e temos de dar medicações para controlar as crises.
Uma crise epiléptica pode ter várias formas de apresentação, desde uma parada do olhar (ausência, quando em crianças ou raramente em adultos), uma torsão ou abalos de um braço, perna ou parte do rosto, ou uma perda de consciência, até a famosa crise de abalos, em que o paciente se bate, baba, e pode morder a língua. A estas últimas crises epilépticas mais violentas, intensas, e dramáticas, chamamos de crise convulsiva, ou mais laicamente convulsão.
segunda-feira, março 14, 2011
Como prevenir um AVC?
O AVC é uma doença causada por lesões vasculares do cérebro, ou quando há um entupimento de vasos (isquemia) ou uma lesão vascular e extravasamento de sangue para o cérebro (hemorragia).
A isquemia cerebral é a forma mais frequente de AVC, e os fatores de risco mais comuns são:
1. Pressão alta (hipertensão anterial sistêmica)
2. Diabetes
3. Fumo (Tabagismo)
4. Uso excessivo de álcool
5. Sedentarismo
6. Colesterol elevado (hipercolesterolemia)
7. Obesidade
8. Fatores genéticos (mãe ou pai tiveram AVC's em idade precoce, ou seja, abaixo dos 50 anos, o que pode sugerir doenças genéticas como a causa do AVC)
9. Fatores mais raros, como vasculites (doenças reumáticas), trombofilias (doenças caracterizadas por coagulação do sangue em excesso), etc...
10. Uso de drogas (cocaína, crack)
Já a hemorragia cerebral, que pode ser no próprio cérebro (parenquimatosa), ou no espaço subaracnóide que envolve o cérebro (a famosa hemorragia subaracnóidea do aneurisma), tem como fatores de risco principais:
1. Hipertensão arterial
2. Tabagismo
3. Uso excessivo de álcool
4. Doenças renais (insuficiência renal)
5. Uso de drogas (cocaína, crack)
6. Genético
Como você pode ver, há fatores de risco tratáveis (e passíveis de prevenção) e não tratáveis. Previna-se, evitando obesidade, hipertensão, diabetes, fazendo atividade física regular, evitando o fumo e o uso em excesso de álcool.
Alguns vão falar - meu parente fazia tudo isso e morreu de AVC (ou infarto). Pois bem, como disse há fatores de risco não tratáveis (não preveníveis), como os fatores genéticos, o sexo (masculino mais frequente) e a idade (mais frequente em pessoas maos velhas). Esses casos realmente não são passíveis de prevenção, e podem acometer até os mais saudáveis, mas esses são a EXCEÇãO, e não a regra.
A isquemia cerebral é a forma mais frequente de AVC, e os fatores de risco mais comuns são:
1. Pressão alta (hipertensão anterial sistêmica)
2. Diabetes
3. Fumo (Tabagismo)
4. Uso excessivo de álcool
5. Sedentarismo
6. Colesterol elevado (hipercolesterolemia)
7. Obesidade
8. Fatores genéticos (mãe ou pai tiveram AVC's em idade precoce, ou seja, abaixo dos 50 anos, o que pode sugerir doenças genéticas como a causa do AVC)
9. Fatores mais raros, como vasculites (doenças reumáticas), trombofilias (doenças caracterizadas por coagulação do sangue em excesso), etc...
10. Uso de drogas (cocaína, crack)
Já a hemorragia cerebral, que pode ser no próprio cérebro (parenquimatosa), ou no espaço subaracnóide que envolve o cérebro (a famosa hemorragia subaracnóidea do aneurisma), tem como fatores de risco principais:
1. Hipertensão arterial
2. Tabagismo
3. Uso excessivo de álcool
4. Doenças renais (insuficiência renal)
5. Uso de drogas (cocaína, crack)
6. Genético
Como você pode ver, há fatores de risco tratáveis (e passíveis de prevenção) e não tratáveis. Previna-se, evitando obesidade, hipertensão, diabetes, fazendo atividade física regular, evitando o fumo e o uso em excesso de álcool.
Alguns vão falar - meu parente fazia tudo isso e morreu de AVC (ou infarto). Pois bem, como disse há fatores de risco não tratáveis (não preveníveis), como os fatores genéticos, o sexo (masculino mais frequente) e a idade (mais frequente em pessoas maos velhas). Esses casos realmente não são passíveis de prevenção, e podem acometer até os mais saudáveis, mas esses são a EXCEÇãO, e não a regra.
domingo, março 13, 2011
AVC? Corra ao hospital o quanto antes!
AVC (Acidente Vascular Cerebral) é um evento vascular em que há lesão cerebral por falta de sangue em um local do cérebro (isquemia) ou extravasamento de sangue no cérebro (hemorrágico). O isquêmico é o mais comum. Um AVC ocorre de uma vez, é súbito. E é algo que pode ser evitado (a ser discutido em um artigo posterior), mas também pode ser tratado.
O paciente pode ter o AVC acordado, com os amigos ou parentes, sou só em sua casa, o que gtorna as coisas mais difíceis (não dá para prever essas coisas), ou pode ter o evento dormindo, e acordar com o déficit, o que também dificulta as coisdas pois não sabemos quando o evento começou.
Se você ou seu parente/amigo estiver tendo um AVC, vá imediatamente a um hospital, pois o diagnóstico deve sre imediato, com avaliação neurológica, exames de sangue, e tomogtrafia de crânio. Feito o diagnóstico de AVC, pode-se usar no paciente uma medicação chamada de r-TPA, que consegue reveter uma boa parcela dos casos de AVC, com pequenos riscos de hemorragia na dependência de critérios de exclusão que devem ser avaliados pelo médico que atende no PS do hospital.
Não espere os sintomas passarem, vá a um médico o quanto antes por que você pode perder a chance de melhorar e evitar sequelas.
E quais são os sintomas de um AVC?
São variados - dependem dos locais cerebrais acometidos. Mas os mais comuns e mais bem identificados pelos pacientes são fraqueza de um lado do corpo (rosto/braço e/ou perna), perda de sensibilidade ou formigamento/dormência, dificuldade para falar ou para engolir, perda de fala (paciente não mais consegue falar ou fala coisas desconexas), perda de visão ou perda de equilíbrio.
O paciente pode ter o AVC acordado, com os amigos ou parentes, sou só em sua casa, o que gtorna as coisas mais difíceis (não dá para prever essas coisas), ou pode ter o evento dormindo, e acordar com o déficit, o que também dificulta as coisdas pois não sabemos quando o evento começou.
Se você ou seu parente/amigo estiver tendo um AVC, vá imediatamente a um hospital, pois o diagnóstico deve sre imediato, com avaliação neurológica, exames de sangue, e tomogtrafia de crânio. Feito o diagnóstico de AVC, pode-se usar no paciente uma medicação chamada de r-TPA, que consegue reveter uma boa parcela dos casos de AVC, com pequenos riscos de hemorragia na dependência de critérios de exclusão que devem ser avaliados pelo médico que atende no PS do hospital.
Não espere os sintomas passarem, vá a um médico o quanto antes por que você pode perder a chance de melhorar e evitar sequelas.
E quais são os sintomas de um AVC?
São variados - dependem dos locais cerebrais acometidos. Mas os mais comuns e mais bem identificados pelos pacientes são fraqueza de um lado do corpo (rosto/braço e/ou perna), perda de sensibilidade ou formigamento/dormência, dificuldade para falar ou para engolir, perda de fala (paciente não mais consegue falar ou fala coisas desconexas), perda de visão ou perda de equilíbrio.
Quando uma dor de cabeça realmente preocupa
Dor de cabeça (cefaleia) é um sintoma tão, mas tão comum, que quando vem incomoda mas deixamos de lado e esperamos passar. Não é verdade? Bem, mas há situações em que a dor de cabeça pode ser séria o suficiente para necessitar de apoio médico imediato ou urgente. Essas situações nas quais a dor deve ser identificada de imediato chamam-se Red Flags, dando-se a entender que são "bandeiras vermelhas" de algo grave ocorrendo na cabeça. São estes:
1. Dor de cabeça que começa de uma vez, a pior que o paciente já teve, a mais forte, aquela que o paciente nunca sentiu igual. Essa chama-se de cefaleia em trovoada (thunder headache) e deve ser investigada de imediato, pois pode significar sangramento cerebral.
2. Dor de cabeça nova, diferente de todas as que você já teve. Mesmo se você já tem dor há muito tempo, mas se a dor atual é completamente diferente, em oiutra localização, ou de forte intensidade (maior que usual), deve ser inevstigada.
3. Cefaleia com febre deve ser sempre investigada o mais rápido possível, especialmente se há dificuldade para dobrar o pescoço, pois assim como pode ser só uma sinusite ou uma amigdalite, pode ser também uma meningite.
4. Cefaleia com perda visual deve ser investigada o quanto antes, sempre.
5. Cefaleia com fraqueza, perda de coordenação, perda de sensibilidade, peda de fala ou equilíbrio, visão dupla ou dificuldade ‘a fala deve ser investigada imediatamente.
6. Cefaleia nova em paciente com doenças crônicas como doenças reumáticas ou câncer deve ser ivestigada de imediato.
7. Cefaleia com lacrimejamento, queda de pálpebra, secreção nasal do mesmo lado da cefaleia, ou alterações oculares deve ser investigada logo.
8. Cefaleia que precede uma crise convulsiva deve sempre ser investigada.
9. Cefaleia nova, recente, sempre do mesmo lado deve ser investigada.
Os casos descritos acima exemplificam quando uma dor de cabeça deve prontificar o apciente a procurar um médico urgente, e não esperar em casa o quadro passar.
1. Dor de cabeça que começa de uma vez, a pior que o paciente já teve, a mais forte, aquela que o paciente nunca sentiu igual. Essa chama-se de cefaleia em trovoada (thunder headache) e deve ser investigada de imediato, pois pode significar sangramento cerebral.
2. Dor de cabeça nova, diferente de todas as que você já teve. Mesmo se você já tem dor há muito tempo, mas se a dor atual é completamente diferente, em oiutra localização, ou de forte intensidade (maior que usual), deve ser inevstigada.
3. Cefaleia com febre deve ser sempre investigada o mais rápido possível, especialmente se há dificuldade para dobrar o pescoço, pois assim como pode ser só uma sinusite ou uma amigdalite, pode ser também uma meningite.
4. Cefaleia com perda visual deve ser investigada o quanto antes, sempre.
5. Cefaleia com fraqueza, perda de coordenação, perda de sensibilidade, peda de fala ou equilíbrio, visão dupla ou dificuldade ‘a fala deve ser investigada imediatamente.
6. Cefaleia nova em paciente com doenças crônicas como doenças reumáticas ou câncer deve ser ivestigada de imediato.
7. Cefaleia com lacrimejamento, queda de pálpebra, secreção nasal do mesmo lado da cefaleia, ou alterações oculares deve ser investigada logo.
8. Cefaleia que precede uma crise convulsiva deve sempre ser investigada.
9. Cefaleia nova, recente, sempre do mesmo lado deve ser investigada.
Os casos descritos acima exemplificam quando uma dor de cabeça deve prontificar o apciente a procurar um médico urgente, e não esperar em casa o quadro passar.
No consultório do neurologista
O neurologista é o médico que lida com as doenças do cérebro, da medula espinhal, e dos nervos e músculos.
Estes sistemas são bastante complexos, e as doenças que os envolve também o são. Logo, é necessário que um bom neurologista tire do paciente uma boa história clínica.
A história clínica é a entrevista que o médico faz com o paciente, visando tirar o máximo de informações possível do paciente para compor um diagnóstico ou possíveis diagnósticos, e já pensar em exames a serem solicitados, se necessitarem, e em um tratamento para o caso.
Na história médica, pergunta-se sobre os sintomas principais, como começaram, por onde começaram, e se começaram de forma insidiosa (devagar) ou abruptamente. Pergunta-se sobre outros sintomas, e a maneira de início destes, além da relação destes com o sintoma principal. Pergunta-se ao paciente sobre seus sistemas orgânicos, ou seja, coração, pulmão, trato digestivo, pele, senstidos da audição, visão, tato, olfato, paladar, rins e urina, fezes, e outras coisas visando verificar se a doença afeta outros sistemas, ou se há mais de uma doença a ser diagnosticada. Inquire-se o paciente sobre doenças e tratamentos/cirurgias anteriores, doenças da família que ajudem em um diagnóstico, e uso de medicações atuais além de alergias.
A história clínica é a parte mais importante do processo diagnóstico em qualquer especialidade médica, e a neurologista não é diferente. Na verdade, a história clínica é tão importante no diagnóstico neurológico que sem ela não é possível fazer-se um diagnóstico neurológico.
O exame físico vem depois, e pode ser completo, ou seja, examina-se o paciente todo, não só a parte neurológica como todos os outros sistemas, ou pode ser direcionado, o que não invalida o diagnóstico. No exame direcionado, utiliza-se a história clínica para examinar os aparelhos ou sistemas neurológicos supostamente envolvidos, e dá-se atenção também, mas menos, aos outros sistemas supostamente intactos.
Um exemplo: Um paciente com história de perda visual súbita há 3 dias, com dor ocular e tontura. Após uma história completa, pode-se examinar o coração atrás de anormalidades de ritmo ou sopros, artérias carótidas e artérias vertebrais atrás de sopros que podem confirmar uma fonte de coágulos que podem ter entupido a artéria do olho acometido, examina-se o olho acometido e o normal, faz-se o exame de fundo de olho atrás de sinais que indiquem entupimento arterial/lesão venosa e/ou o porquê deste entupimento, ou lesões de retina ou mesmo de outras partes do olho (algo que deve ser confirmado por um oftalmologista), examina-se campo visual para ter certeza de que não houve lesão cerebral sendo a causa da perda visual, examina-se a pupila atrás de sinais que indique se os nervos ópticos estão normais ou não, e examina-se a movimentação ocular. O exame de consciência, força, sensibilidade, coordenação, reflexos e outros nervos cranianos deve ser feito pois pode-se descobrir sinais outros que suportem ou levem o diagnóstico para outra direção, mas pode ser mais sucinto que os testes anteriores, devido ao direcionamento da história.
Com este artigo, não pretendo transformar o leitor em um neurologista, mas fazê-lo ter ciência de como uma consulta neurológica funciona.
Estes sistemas são bastante complexos, e as doenças que os envolve também o são. Logo, é necessário que um bom neurologista tire do paciente uma boa história clínica.
A história clínica é a entrevista que o médico faz com o paciente, visando tirar o máximo de informações possível do paciente para compor um diagnóstico ou possíveis diagnósticos, e já pensar em exames a serem solicitados, se necessitarem, e em um tratamento para o caso.
Na história médica, pergunta-se sobre os sintomas principais, como começaram, por onde começaram, e se começaram de forma insidiosa (devagar) ou abruptamente. Pergunta-se sobre outros sintomas, e a maneira de início destes, além da relação destes com o sintoma principal. Pergunta-se ao paciente sobre seus sistemas orgânicos, ou seja, coração, pulmão, trato digestivo, pele, senstidos da audição, visão, tato, olfato, paladar, rins e urina, fezes, e outras coisas visando verificar se a doença afeta outros sistemas, ou se há mais de uma doença a ser diagnosticada. Inquire-se o paciente sobre doenças e tratamentos/cirurgias anteriores, doenças da família que ajudem em um diagnóstico, e uso de medicações atuais além de alergias.
A história clínica é a parte mais importante do processo diagnóstico em qualquer especialidade médica, e a neurologista não é diferente. Na verdade, a história clínica é tão importante no diagnóstico neurológico que sem ela não é possível fazer-se um diagnóstico neurológico.
O exame físico vem depois, e pode ser completo, ou seja, examina-se o paciente todo, não só a parte neurológica como todos os outros sistemas, ou pode ser direcionado, o que não invalida o diagnóstico. No exame direcionado, utiliza-se a história clínica para examinar os aparelhos ou sistemas neurológicos supostamente envolvidos, e dá-se atenção também, mas menos, aos outros sistemas supostamente intactos.
Um exemplo: Um paciente com história de perda visual súbita há 3 dias, com dor ocular e tontura. Após uma história completa, pode-se examinar o coração atrás de anormalidades de ritmo ou sopros, artérias carótidas e artérias vertebrais atrás de sopros que podem confirmar uma fonte de coágulos que podem ter entupido a artéria do olho acometido, examina-se o olho acometido e o normal, faz-se o exame de fundo de olho atrás de sinais que indiquem entupimento arterial/lesão venosa e/ou o porquê deste entupimento, ou lesões de retina ou mesmo de outras partes do olho (algo que deve ser confirmado por um oftalmologista), examina-se campo visual para ter certeza de que não houve lesão cerebral sendo a causa da perda visual, examina-se a pupila atrás de sinais que indique se os nervos ópticos estão normais ou não, e examina-se a movimentação ocular. O exame de consciência, força, sensibilidade, coordenação, reflexos e outros nervos cranianos deve ser feito pois pode-se descobrir sinais outros que suportem ou levem o diagnóstico para outra direção, mas pode ser mais sucinto que os testes anteriores, devido ao direcionamento da história.
Com este artigo, não pretendo transformar o leitor em um neurologista, mas fazê-lo ter ciência de como uma consulta neurológica funciona.
Depressão e ansiedade - Quem cuida disso?
Muitos vão dizer que o local de geração de emoções, sensações, medo, depressão inclusive, é o cérebro, e portanto, ansiedade, depressão, estresse, manias, ou seja, doenças mentais são todas de caráter neurológico!
Bem, não é tão simples assim. Muitos pacientes (mesmo médicos e inclusive psicólogos!) procuram ou encaminham seus pacientes a um neurologista para tratar depressão, ansiedade, ou medos. Mas isso não é o rumo certo a ser seguido. Isso por que estes são distúrbios psíquicos, e que apesar de serem gerados no cérebro, dizem respeito ao comportamento, e portanto há toda uma base psíqica/psiquiátrica por baixo, com tratados e livros e mais livros sobre o assunto que são de domínio quase que exclusivo da psiquiatria.
E mais, chamar psiquiatra de "médico de louco" é tão ultrapassado quanto achar que epilepsia se pega pela baba do epiléptico. Psiquiatra é o médico que cuida do comportamento, das emoções, do humor, e dos seus transtornos.
O neurologista cuida da parte física, do "hardware" do computador. Das terminações nervosas, das estruturas, e das doenças que as acometem. Mas pode o neurologista ousar tratar um quadro depressivo ou uma crise de ansiedade num paciente seu, portador de uma doença neurológica, haja vista quadros psíquicos acompanharem doenças físicas?
Bem, poder pode, mas aconselho a estes médicos que encaminhem seus pacientes a um psiquiatra de confiança para acompanhamento, pois esta não é "a nossa praia". Há várias nuances e segredos no tratamento destes quadros, e há várias estratégias de tratamento que só um psiquiatra bem treinado saberá orientar.
E também há neurologistas com formação em psicanálise, psicologia, ou mesmo com residência em psiquiatria e neurologia, sendo, portanto, qualificados para o tratamento de doenças psíquicas. Mas não é a regra.
Portanto, se você está procurando um médico para tratar aquela depressãozinha que parece sempre estar ali, ou aquela ansiedade, ou um medo, ou algo mais sério, procure um bom psiquiatra.
sábado, março 12, 2011
E afinal de contas, que é enxaqueca?
Muito bem, chegamos ao ponto. Enxaqueca.
Doença descrita há mais de 2000 anos, já havia relatos de dores e tratamentos para estas dores desde a antiguidade egípcia.
Enxaqueca (agora denominada mais formalmente Migrânea), é o segundo tipo mais comum de dor de cabeça no mundo, e uma das causas mais importantes de absenteísmo do trabalho e perda da qualidade de vida. Caracteriza-se por crises de dor de cabeça de moderada a intensa, chegando a muito intensa, geralmente de um lado só, mas que pode mudar de lado entre e dentro de uma mesma crise, latejante (pulsátil), acompanhada de piora com a luz (fotofobia), com ruídos (fonofobia), e mesmo com certos odores (osmofobia), náuseas e/ou vômitos, fraqueza, moleza, cansaço, irritabilidade, mal-estar e tontura. A dor pode ser nucal e frontal bilateral. Pode mesmo ser na cabeça toda (holocraniana).
Alguns pacientes (e algumas crises) podem apresentar antes (ou durante a crise) auras, ou seja, sintomas não dolorosos que mais comumente são visões (pontos negros na visão, pontos brilhantes ou coloridos, alterações de campo visual, listras periféricas brilhantes que aumentam e diminuem, aumento ou diminuição de objetos, ondas no campo visual), ou sensitivas (formigamentos, dormências, perda de sensibilidade) ou motoras (perda de força), ou mesmo desequilíbrio, visão dupla, alterações de fala ou dificuldade para engolir (sintomas de um tipo de enxaqueca chamada de enxaqueca basilar).
Horas ou dias antes, o paciente pode apresentar bocejos contínuos, fadiga intensa, cansaço, irritabilidade, e pode o paciente prever uma crise com base nestes sintomas prodrômicos.
Mulheres são afetadas mais que os homens, e há piora nítida ou mesmo ocorrência de dor somente no ciclo menstrual (é comum, mas não é universal), e geralmente há história familiar, de pais, tios, avós, irmãos, ou filhos com dor de cabeça parecida ou igual à do paciente.
O diagnóstico é clínico, ou seja, história e exame físico com fundo de olho, que deve ser feito por neurologista, e o uso de exames de imagem (como tomografia de crânio) deve ser criterioso, dependendo das suspeitas do médico, de quando a doença começou, das características da doença, ou de sinais neurológicos que o médico pode encontrar no exame.
O tratamento existe, e não é só tomar analgésicos. Dependendo da intensidade e da frequência das crises, pode-se fazer uso de medicações ditas profiláticas, usadas diariamente por um período de tempo, para diminuir a intensidade e o número de crises. O uso e abuso de analgésicos leva a modificações na dor, na frequência (para pior), e na duração da dor (antes durava de 4 a 72 horas, o que é o esperado para crises de enxaqueca, e agora dura vários dias ou mesmo o mês inteiro). Também o não tratar a dor pode levar a sua piora em alguns casos.
Se você tem enxaqueca, procure um neurologista, e inicie um tratamento.
Doença descrita há mais de 2000 anos, já havia relatos de dores e tratamentos para estas dores desde a antiguidade egípcia.
Enxaqueca (agora denominada mais formalmente Migrânea), é o segundo tipo mais comum de dor de cabeça no mundo, e uma das causas mais importantes de absenteísmo do trabalho e perda da qualidade de vida. Caracteriza-se por crises de dor de cabeça de moderada a intensa, chegando a muito intensa, geralmente de um lado só, mas que pode mudar de lado entre e dentro de uma mesma crise, latejante (pulsátil), acompanhada de piora com a luz (fotofobia), com ruídos (fonofobia), e mesmo com certos odores (osmofobia), náuseas e/ou vômitos, fraqueza, moleza, cansaço, irritabilidade, mal-estar e tontura. A dor pode ser nucal e frontal bilateral. Pode mesmo ser na cabeça toda (holocraniana).
Alguns pacientes (e algumas crises) podem apresentar antes (ou durante a crise) auras, ou seja, sintomas não dolorosos que mais comumente são visões (pontos negros na visão, pontos brilhantes ou coloridos, alterações de campo visual, listras periféricas brilhantes que aumentam e diminuem, aumento ou diminuição de objetos, ondas no campo visual), ou sensitivas (formigamentos, dormências, perda de sensibilidade) ou motoras (perda de força), ou mesmo desequilíbrio, visão dupla, alterações de fala ou dificuldade para engolir (sintomas de um tipo de enxaqueca chamada de enxaqueca basilar).
Horas ou dias antes, o paciente pode apresentar bocejos contínuos, fadiga intensa, cansaço, irritabilidade, e pode o paciente prever uma crise com base nestes sintomas prodrômicos.
Mulheres são afetadas mais que os homens, e há piora nítida ou mesmo ocorrência de dor somente no ciclo menstrual (é comum, mas não é universal), e geralmente há história familiar, de pais, tios, avós, irmãos, ou filhos com dor de cabeça parecida ou igual à do paciente.
O diagnóstico é clínico, ou seja, história e exame físico com fundo de olho, que deve ser feito por neurologista, e o uso de exames de imagem (como tomografia de crânio) deve ser criterioso, dependendo das suspeitas do médico, de quando a doença começou, das características da doença, ou de sinais neurológicos que o médico pode encontrar no exame.
O tratamento existe, e não é só tomar analgésicos. Dependendo da intensidade e da frequência das crises, pode-se fazer uso de medicações ditas profiláticas, usadas diariamente por um período de tempo, para diminuir a intensidade e o número de crises. O uso e abuso de analgésicos leva a modificações na dor, na frequência (para pior), e na duração da dor (antes durava de 4 a 72 horas, o que é o esperado para crises de enxaqueca, e agora dura vários dias ou mesmo o mês inteiro). Também o não tratar a dor pode levar a sua piora em alguns casos.
Se você tem enxaqueca, procure um neurologista, e inicie um tratamento.
E quanto à cefaleia tensional?
Nome diferente para uma dor de cabeça, não? Mas este nome, cefaleia tensional, é o nome dado à cefaleia mais comum no mundo. E é tão comum, que chega a ser desvalorizada pelos pacientes. Sim, pois não é todo mundo que a possui que procura um médico. A cefaleia tensional é aquela dor chata, leve a moderada, em aperto ou peso, localizada dos dois lados da cabeça na frente, atrás ou na cabeça toda, como um capacete a pressionar o couro cabeludo. Geralmente a luz ou o barulho não incomodam, ou um dos dois incomoda pouco, diferente da enxaqueca em que a luz e o barulho geralmente levam o paciente a desesperadamente procurar um lugar escuro e silencioso para se encolher. Não há náuseas ou vômitos, e a dor não atrapalha, ou atrapalha pouco as atividades da vida diária, diferente da enxaqueca em que a cefaleia força o paciente a parar de fazer o que estiver fazendo.
As causas da cefaleia tensional são várias, e mais comumente referem-se a cansaço físico ou mental, esforço repetitivo, tensão emocional, ou às vezes não se encontra causa (ou seja, é idiopática).
O diagnóstico é pela história da dor de cabeça, mas deve-se fazer uma tomografia de crânio, pelo menos, quando a cefaleia é nova, ou sofreu piora recente, ou ocorre em paciente acima de 50 anos de idade, ou é nova e ocorre em pacientes com história de doenças sérias como lúpus, doenças reumáticas ou câncer.
O tratamento é variado, e deve ser feito com neurologista, que é o médico que estuda as causas e as melhores terapias para cefaleia tensional.
As causas da cefaleia tensional são várias, e mais comumente referem-se a cansaço físico ou mental, esforço repetitivo, tensão emocional, ou às vezes não se encontra causa (ou seja, é idiopática).
O diagnóstico é pela história da dor de cabeça, mas deve-se fazer uma tomografia de crânio, pelo menos, quando a cefaleia é nova, ou sofreu piora recente, ou ocorre em paciente acima de 50 anos de idade, ou é nova e ocorre em pacientes com história de doenças sérias como lúpus, doenças reumáticas ou câncer.
O tratamento é variado, e deve ser feito com neurologista, que é o médico que estuda as causas e as melhores terapias para cefaleia tensional.
sexta-feira, março 11, 2011
Cefaleia em salvas - O que isso significa?
Cefaleia em salvas é um tipo de dor de cabeçça primária, daquelas que existem há anos e cuja causa não sabemos. É uma cefaleia bastante característica, e geralmente a história que o paciente nos conta já é suficiente para dar o diagnóstico. É uma dor intensa, muitas vezes dita como excruciante, geralmente de um lado só da cabeça, e permanece desse lado, na maior parte das vezes, por todas as crises. Geralmente é na têmpora ou atrás do olho, vem com lacrimejamento, queda da pálpebra, olho avermelhando, escorrimento e obstrução nasal sempre do mesmo lado da dor. A crise dura de 40 a 180 minutos, e pode vir todos os dias ou pode vir em salvas, grupos de dor, de duração de 7 dias ou mais.
É dor que apesar de poder ocorrer a qualquer hora do dia, é mais comum durante a madrugada, e sempre ou quase sempre no mesmo horário.
Se o quadro começou a pouco tempo, é necessário fazer exames como tomografia ou ressonância magnética do crânio para descartar lesões cerebrais.
O diagnóstico e a investigação são do neurologista, e há tratamento bom e eficaz para isso.
É dor que apesar de poder ocorrer a qualquer hora do dia, é mais comum durante a madrugada, e sempre ou quase sempre no mesmo horário.
Se o quadro começou a pouco tempo, é necessário fazer exames como tomografia ou ressonância magnética do crânio para descartar lesões cerebrais.
O diagnóstico e a investigação são do neurologista, e há tratamento bom e eficaz para isso.
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